ARTE

Artista maringaense transforma árvores condenadas em obras de arte.

Uma exposição de esculturas em madeira maciça tem chamado a atenção dos visitantes do 25º Festival Nipo-Brasileiro.

Artista maringaense transforma árvores condenadas em obras de arte.
Exposição fica até dia 14 de setembro

São águias, garças e templos. Algumas com mais de dois metros de altura. Tudo esculpido à mão em troncos de árvores condenadas. As obras, que impressionam pela qualidade, foram produzidas pelo artista maringaense Nariyoshi Isozaki, 54 anos.

As esculturas são feitas em toras de árvores tipuana retiradas das ruas de Maringá e doadas pela prefeitura. São árvores condenadas. “É um trabalho delicado que exige muito amor. E é esse o segredo. Com cuidado em três meses mais ou menos sai uma escultura. É uma forma que descobri de dar vida à troncos de árvores condenadas”, explica Isozaki.

Nariyoshi Isozaki é japonês radicado em Maringá. Filho do pintor e pioneiro Zenioshi Isozaki, descobriu seu talento trabalhando em uma fábrica de móveis. “Eu tinha pouco mais de 20 anos e esculpia as cabeceiras de camas. Percebi que era meu dom e comecei a fazer pequenas esculturas até chegar nos troncos das árvores”, recorda o escultor.

Além de cidades brasileiras, as obras de Isozaki já foram expostas em Los Angeles e São Francisco, nos Estados Unidos; Osaka e Tókio, no Japão; e na Alemanha. “Esse trabalho é minha vida. É a única coisa que sei e gosto de fazer. Meu sonho é conseguir um patrocinador para sair fazendo essas esculturas pelas ruas de Maringá”, diz.

Quem quiser conhecer e fotografar o trabalho de Nariyoshi Isozaki a exposição fica até o dia 14 de setembro no pavilhão cultural do 25º Festival Nipo-Brasileiro, ao lado do pavilhão gastronômico.