ACIM

Produto Interno Bruto (PIB) de Maringá deve crescer até 4% em 2014, segundo estudo.

Estudo elaborado pela Associação Comercial e Empresarial de Maringá (ACIM), em parceria com o Departamento de Economia da Universidade Estadual de Maringá (UEM), mostra que em 2014 o Produto Interno Bruto (PIB) da cidade deve ficar entre R$ 11,5 bilhões e R$ 13,6 bilhões. Em relação a 2013, o crescimento real deve ser entre 3% e 4%. Já o PIB nominal (que não leva em consideração a desvalorização da moeda) é estimado entre 8% e 12%.

O levantamento também aponta para um crescimento de 9% nas atividades econômicas da cidade, e acréscimo de 4,63% na taxa de empregos.

O coordenador da pesquisa, o economista Joílson Dias, conta que as projeções são elaboradas desde 2007, e em todos os anos Maringá tem atingido os índices considerados “otimistas”. “Estamos atingindo valores de crescimento muito superiores ao estadual e nacional”, frisa.

Um dos pontos que explica o crescimento é Índice de Atividade Econômica de Maringá (IAEMGA). Segundo a pesquisa, entre janeiro de 2001 e dezembro de 2013 as atividades econômicas cresceram 240% na cidade. “Temos crescido 8,5% ao ano. Para 2014 esperamos que o acréscimo seja de 9%, apesar das incertezas por conta da inflação e período eleitoral”, lembra Dias.

O IAEMGA é elaborado com apoio do Conselho de Desenvolvimento Econômico (Codem), que recolhe dados em instituições de referência, como consumo de energia elétrica em residências, comércios e indústrias, quantidade de alvarás expedidos para abertura de empresas, número de habite-se liberados, movimentação de consumidores, circulação de tributos, entre outros. “Maringá é uma das poucas cidades do Brasil que possui esse índice. Ele é medido mensalmente”, ressalta Dias.

O estudo mostra também um aumento de postos de trabalho para 2014. Em 2013, o crescimento foi de 4,54% em relação a 2012, mostram dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Os maiores empregadores foram as áreas de comércio e serviços, enquanto a construção civil sofreu uma queda expressiva. “Isso não significa um desaquecimento do setor, mas uma contração, pois ele vinha de um crescimento muito forte nos anos anteriores”, explica Dias. Para 2014%, a projeção é de um crescimento no número de empregos de 4,63%.

O estudo também mostra que o principal fator de desenvolvimento da cidade nos últimos oito anos foi a concessão de crédito. “Coincide com a política nacional de flexibilização de crédito. Mas este modelo está chegando no seu limite, é necessário pensar em formas de estimular a produção para continuarmos crescendo”.

Segundo o levantamento, a arrecadação de impostos (considerando todas as esferas: municipal, estadual e federal) em Maringá foi de 18% em três anos, um crescimento próximo de cerca de R$ 900 milhões. “É um número que reflete a intensa movimentação financeira na cidade, no entanto, é hora de questionar a forma como estes impostos estão sendo aplicados e o retorno deles à sociedade”, diz Dias.