CULTURA

Exposição de Instrumentos Afro-Brasileiros prossegue até dia 30 de novembro.

Exposição de Instrumentos Afro-Brasileiros prossegue até dia 30 de novembro.
Exposição acontece no SESC de Maringá.

A Associação de Capoeira Centro Cultural Sucena está com a Exposição de Instrumentos Afro-Brasileiros no SESC, dentro da programação do V Festival Afro-Brasileiro. A exposição vai até o dia 30 de novembro, com visitação das 9 às 22 horas, e é aberta a todos os interessados. “Convidamos os estudantes a visitarem a exposição e conhecer os instrumentos, muitos usados na música brasileira e familiar às pessoas”, afirma o assessor de Promoção da Igualdade Racial de Maringá, Hércules Ananias de Souza.

São instrumentos africanos e afro-brasileiros, como Atabaque de Cunha, Dejembê, Caxixi, Chocalho, Kisangê ou Kalimba, Tambores, Balafon, Reco-Reco, Berimbau, Agogô e Xequerê. Os instrumentos pertencem ao Centro Cultural Sucena.

Atabaque ou Tabaque – instrumento musical de percussão. O nome é de origem árabe (at-tabaq - prato). Constitui-se de um tambor cilíndrico ou ligeiramente cônico, com uma das bocas coberta de couro de boi, veado ou bode.

Djembê – tipo de tambor originário de Guiné da África Ocidental. O instrumento é muito antigo, sendo o mesmo de percussão (membranofone) que possui o corpo em forma de cálice e a pele é tensionada na parte mais larga. E até hoje é importante nas culturas africanas, sobretudo na região mandingue, que compreende os países do Mali, Costa do Marfim, Burkna Faso, Senegal e Guiné Bissau.

Caxixi – tipo de chocalho, instrumento idiofone de origem africana. Sendo um pequeno cesto de palha trançada em forma de campânula, pode ser de vários tamanhos e simples, duplo ou triplo com a abertura fechada por uma rodela de cabaça.

Kalimba ou Kisange – instrumento com um jogo de lâminas de diferente longitude e duras mas flexíveis, como as de metal ou de cana. Estão fixadas a uma ponta por um extremo e livre na outra, de forma que produzam sons ao serem pulsadas com os dedos pelos extremos livres. As dimensões das lâminas determinam as freqüências das que podem vibrar, o que se traduz nas notas diferentes que podem dar, assim variar o tom ou afinar o instrumento equivale a alongar ou diminuir a longitude das placas, sendo tocada com os polegares.

Balafon – instrumento que possui um número reduzido de teclas e utiliza uma redução de cabaças para os ressonadores, isto exige um formato curvo e amarrações em couro e cordas. Alguns músicos de Jazz tem demonstrado interesse por este instrumento musical africano, sendo introduzido em trabalhos vanguardistas. É tocado com duas baquetas, sendo que sua origem é do oeste da África e provem da tribo Senoufo próxima da Costa do Marfim.

Reco-Reco – instrumento constituído de um gomo de bambu ou uma pequena ripa de madeira com talhos transversais, sendo tocado pela raspagem de uma baqueta sobre os talhos que produzem o som.

Berimbau – instrumento de corda, também conhecido como berimbau de peito em Portugal ou como hungu em Angola e em grande parte do continente africano. De origem angolana, também é conhecido por M’bolumbumba e é utilizado entre os Quimbundos, Ovambos, Nyanekas, Humbis e Khoisan. Foi introduzido no Brasil pelos escravos angolanos, sendo utilizado para acompanhar o esporte da Capoeira. No sul de Moçambique tem o nome de Xitende.

Agogô ou Gã – instrumento musical formado por um único ou múltiplos sinos, originado da música tradicional Yorubá da África Ocidental, sendo o instrumento mais antigo do samba.

Xequerê – instrumento de percussão da África. No continente africano é chamado de vários nomes como Lilolo, Axatase em Gana, Shequere na Nigéria, e consiste de uma cabaça seca cortada em uma das extremidades e envolta por uma rede de contas. A forma da cabaça é que determina o som do instrumento, que é agitado quando tocado.