Mais de 6 mil pessoas prestigiaram atividades do Festival Afro-Brasileiro.

O V Festival Afro-Brasileiro já atraiu mais de 6,2 mil pessoas para todas as atividades realizadas até esta terça-feira, 12 de novembro. Apenas nas escolas onde são realizadas as oficinas de dança e de capoeira e as apresentações teatrais o público passou de 3,5 mil alunos das escolas públicas. “Toda comunidade está convidada a prestigiar o Festival que tem programação para todos os públicos até o final de novembro”, afirma o assessor de Promoção de Igualdade Racial de Maringá, Hercules Ananias de Souza.

A programação do V Festival Afro-brasileiro inclui cinco exposições em andamento, sete oficinas com um total de 58 edições, 20 apresentações de teatro de bonecos, cinco palestras, três workshops, um desfile afro, um show de danças afro-brasileiras, uma apresentação de grupo de percussão, uma apresentação da dança do Bumba meu boi e um encontro regional de grupos de Bumba meu boi, uma festa de Bumba meu boi, um aulão de capoeira e um campeonato de Street Dance. “Temos eventos por toda a cidade, várias opções para as pessoas conhecerem um pouco mais sobre a cultura e os costumos dos afro-descendentes”, diz Hercules Ananias.

JUSTIFICATIVA

O Dia Nacional da Consciência Negra, celebrado em 20 de novembro no Brasil, é dedicado à reflexão sobre a inserção do negro na sociedade brasileira. A semana dentro da qual está esse dia recebe o nome de Semana da Consciência Negra. A data foi escolhida por coincidir com o dia da morte de Zumbi dos Palmares, em 1695. O Dia da Consciência Negra procura ser uma data para se lembrar a resistência do povo negro.

Os eventos e palestras programados para o mês de novembro dentro do V Festival Afro-Brasileiro, visam exaltar a origem africana e referendar a unidade de luta pela liberdade de informação, manifestação religiosa e cultural. Buscar maior participação e cidadania para os afro-brasileiros, gerar força para dizer não ao racismo, à discriminação e ao preconceito racial.

Os Movimentos Negros há muito organizam trabalhos neste sentido, e é imprescindível que a Assessoria Municipal de Igualdade Racial, como órgão governamental esteja envolvida efetivamente em tal processo.

É crucial que esse momento histórico não passe despercebido em nossa cidade, onde temos mais de 26% de negros e negras. É preciso que o Festival aconteça, seja de muita festividade, reflexão e renove as energias para continuarmos a trajetória de conquista de direitos e igualdade de oportunidades para população negra.