CÂMARA

Associação dos Feirantes reivindica melhores condições de trabalho.

Integrantes da Associação dos Feirantes participaram nesta segunda-feira (11) do programa Fala Comunidade, produzido pela Câmara. Eles apresentaram aos vereadores Ulisses Maia, Humberto Henrique, Adilson Cintra, Carlos Mariucci e Dr. Saboia os problemas que enfrentam no dia a dia e pediram aos vereadores que ajudem nas soluções. Hoje são 136 feirantes cadastrados e 14 representantes estiveram na Câmara, eles explicaram que muitos não puderam estar presentes por causa do horário das feiras.

Entre os principais problemas estão a falta de banheiros químicos para uso tanto dos feirantes como da população que vai às compras. Segundo o contador da Associação, Márcio Sena, muitas mulheres trabalham com a roupa molhada após montar as barracas em dias de chuva porque não têm lugar para se trocarem.

Eles também enfrentam dificuldades para a abertura de novos pontos nas feiras; transferência das feiras para as ruas e não mais nas avenidas; dificuldades para se registrarem como micro-empreendedores. Segundo Dayane Manganotti, a prefeitura alega que eles não podem ser micro-empreendedores porque são feirantes, mas sem esse registro eles não conseguem ter CNPJ, não conseguem financiamento, nem ter máquina de cartão. Além do problema principal, não podem recolher o imposto que garantiria a eles auxílio doença, auxílio maternidade e aposentadoria.

Ricardo Novaes da Silva relatou o problema com a falta de recolhimento do lixo. “Eu, por exemplo, levo o lixo para casa, mas os garis não recolhem. O que vamos fazer com o lixo?”, questionou. O vereador Adilson Cintra disse que já fez um requerimento solicitando à prefeitura que disponibilize contêineres para que os feirantes possam depositar o lixo.

Mário Mituo solicitou aos vereadores que ajudem a Associação a conseguir um terreno para que possam construir a sede da entidade. “A feira existe desde 1962 e os feirantes precisam ter um local próprio para se reunir. Queremos construir uma sede que tenha também um espaço para lazer, porque não podemos apenas trabalhar temos que ter um lugar para reunir a família e os amigos e termos nossos momentos de lazer.”

Segundo o vereador Ulisses Maia, a prefeitura está discutindo com os feirantes alterações na lei que regulamenta o funcionamento das feiras. “A lei é antiga e precisa ser revista. A prefeitura quer modernizar as feiras, é importante, mas também é preciso entender que a feira é uma tradição, existem pessoas que têm 80, mais de 100 anos que estão lá trabalhando. A Câmara vai ficar ao lado dos feirantes para garantir a eles as melhores condições de trabalho.”

O vereador Humberto Henrique solicitou aos feirantes que se reúnam e cheguem a um consenso sobre o que querem, façam uma proposta e encaminhem para Câmara. “Eles têm divergências entre eles, então é preciso que se organizem cheguem a um consenso do que é importante e benéfico para todos e enviem para que os vereadores possam, se for necessário, modificar a lei que a prefeitura vai enviar para a Câmara.”

O vereador Carlos Mariucci reforçou a solicitação feita por Humberto e disse que irá fazer um estudo para verificar as leis existentes no Município e o que pode ser revisto e melhorado nelas.

O vereador Dr. Saboia elogiou a iniciativa do presidente Ulisses Maia com a criação do programa Fala Comunidade para que a população possa trazer suas reivindicações e disse que a Câmara fará o possível para ajudar a resolver os problemas apresentados pelos feirantes.