DENGUE

Mesmo com índice de 0,1% de infestação do mosquito, alerta deve ser mantido.

A Secretaria de Saúde divulgou nesta terça-feira (10), índice de 0,1% de infestação do Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, segundo Levantamento de Índice (LIRA), realizado na última semana na zona urbana e distritos de Maringá. O índice é o menor entre os três levantamentos realizados este ano, 90% abaixo do aceitável pela Organização Mundial de Saúde (OMS), mas não descarta a necessidade de alerta.

O secretário de Saúde, Antônio Carlos Nardi, elogiou o envolvimento dos Agentes de Endemia, dos integrantes do Comitê Municipal de Combate à Dengue e da imprensa no combate ao mosquito, mas alertou para os dados totais do LIRA. “Observando o resultado do levantamento notamos que as regiões com focos se resumem a quatro, com baixos índices, mas localizadas nos pontos cardeais da zona urbana, e também que na maioria dos casos os focos estão nos pratinhos de plantas”.

Os dados apontam, segunda Nardi, para uma situação que pode se tornar crítica em poucos dias em caso de chuva. O secretário observa que o levantamento foi realizado em um período de estiagem, com os resíduos sólidos, antes os maiores cridouros de focos muito secos. Enquanto nos pratos de vasos, onde as pessoas colocam água regularmente, continuam a aparecer focos do mosquito.

Para Nardi os números são bons demais, mostram o trabalho realizado por todos, mas dão a falsa impressão de controle total. “Os dados totais como mostramos, com as regiões e o local dos focos aponta a necessidade de mantermos o alerta contra o mosquito”, reforça o secretário, que volta a pedir o envolvimento de todos no combate à água parada em qualquer situação.

Pratos de vasos

O índice de 0,1% deste LIRA acompanha a queda do índice desde o primeiro levantamento realizado em março, com média geral de 2% e depois em junho com média de 1%. Neste terceiro LIRA a região com maior índice, com 0,5% é dos bairros Herman Moraes de Barros, Parque dos Bandeiras, Quebec, Eldorado, Duzentão e Grevíleas. Nesta área mais de 66% dos criadouros está nos resíduos, com 33,3% nos pratos de vasos.

A segunda área, também com baixo risco, é da Vila Operária e Zona 8, com o,4% de índice e 100% dos criadouros localizados em pratos de vasos. O mesmo índice de 0,4% aparece na região do Ney Braga, Parque Hortência, Jardim Olímpico, Montreal, Atenas, e Madacaru, com 50% em resíduos e a outra metade em depósitos naturais. A região do Conjunto Requião, Karina, Parigot de Souza e Jardim América, aparece em seguida com índice de 0,2% e 100% dos focos em pratos de vasos.

Todas as demais áreas, mostrou Nardi, ficaram sem o registro de focos. “O que não significa que estejam livres do mosquito pois basta uma chuva mais intensa para surgirem os focos”, alerta o secretário, voltando a reforçar a presença dos focos em pratos de vasos. No geral, 60% dos criadouros estão nos pratinhos de vasos, 30% nos resíduos e os outros 10% em depósitos naturais.

Nardi alertou para a situação dos casos de dengue contabilizados nas últimas semanas. “Há quatro semanas não temos notificação, mas estamos entrando em uma estação mais quente e com mais chuva, por isso o alerta para todos mantermos o combate ao mosquito”, lembrou. Pelos dados desta terça-feira, são 5.709 casos notificados e 2.720 confirmados.

Para manter o alerta, adianta o secretário, a Secretaria de Saúde e o Comitê Municipal de Combate à Dengue já estão programando as campanhas realizadas nas datas comemorativas. “Vamos começar com o Dia das Crianças sem Dengue agora em outubro, e prosseguir com as campanhas durante o período mais crítico”.