SAÚDE

Secretaria de Saúde amplia acesso à vacina contra a hepatite B.

A Sala de Vacinas da Secretaria de Saúde está oferecendo vacinação contra a hepatite B para pessoas com idade entre 30 e 49 anos, seguindo determinação do Ministério da Saúde para ampliar a cobertura de proteção contra a doença. A vacina contra a hepatite B já é oferecida para os grupos priorizados com alto risco de exposição ou alta suscetibilidade, mesmo fora da faixa etária.

A vacina contra hepatite B já é rotina para coletores de lixo, lésbicas, gays, bissexuais, manicures, profissionais do sexo, comunicantes sexuais de portadores de VHB, HSH, MSM, entre outros. “A ampliação da faixa etária de imunização contra a hepatite B dá continuidade ao processo de melhoria das condições de saúde da população, já que a vacina é a medida de controle e prevenção mais eficaz para a doença”, explica o secretário de Saúde, Antônio Carlos Nardi.

A vacinação contra a hepatite B se deu gradativamente no país pelo Programa Nacional de Imunização (PNI), do Ministério da Saúde, a partir de 1989. Até 1991 a proteção entrou no calendário da Amazônia, devido a alta prevalência naquela região. Em 1992 passou a fazer parte do calendário básico da Amazônia Legal, Paraná, Espírito Santo, Santa Catarina e Distrito Federal, atendendo menores de cinco anos.

A partir de 1994 o público foi ampliado para profissionais e acadêmicos de saúde, bombeiros, policiais e militares, e no ano seguinte para menores de um ano no Distrito Federal. Em 1998 a vacina passou a ser oferecida para menores de um ano de todo o país, a partir de 2001 para menores de 20 anos, a partir de 2011 para a faixa etária de 20 a 24 anos e desde o ano passado para pessoas com idade entre 25 e 29 anos.

A partir deste ano a imunização foi ampliada para mais um público, entre 30 e 49 anos, atendendo boa parte da população. A proteção é garantida quando a pessoa recebe três doses da vacina. A segunda dose deve ser aplicada 30 dias após a primeira e, a terceira, seis meses após a primeira. Em 2012, mais de 15,7 milhões de pessoas foram protegidas contra a hepatite B.

A DOENÇA

As hepatites são doenças que atacam o fígado, um dos órgãos mais importantes do corpo humano. Estimativas apontam que 2,3 milhões de brasileiros são portadores das hepatites, sendo (800 mil) do tipo B e (1,5 milhão) do tipo C. Toda a produção da vacina de hepatite B é feita pelo Instituto Butantan. O laboratório público abastece o Programa Nacional de Imunizações (PNI) do Ministério da Saúde desde 1996.

A hepatite B é uma doença sexualmente transmissível, mas também pode ser transmitida pelo contato com sangue e por materiais cortantes contaminados, como alicate de unha. Por isso, além do uso da camisinha em todas as relações sexuais, não se deve compartilhar escova de dente, alicates de unha, lâminas de barbear ou depilar.

É importante também sempre usar materiais esterilizados ou descartáveis em estúdios de tatuagem e piercing, serviços de saúde, acupuntura, procedimentos médicos, odontológicos e hemodiálise.

Nem sempre a hepatite B apresenta sintomas. Quando aparecem, podem provocar cansaço, tontura ou ânsia de vômito. A pessoa pode levar anos para perceber que está doente. O diagnóstico e o tratamento precoce podem evitar a evolução da doença para cirrose ou câncer de fígado, por exemplo. O teste, o tratamento e o acompanhamento das hepatites virais estão disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS). Em 2012, foram distribuídos 759,2 mil testes rápidos para triagem de hepatite B. Outros 5,1 milhões de testes convencionais foram realizados no SUS.