ARTE

Exposição redescobre o povo indígena.

Na próxima quarta-feira (17), às 20 horas, acontece no teatro Calil Haddad a abertura da exposição Descobertas, da professora no curso de Artes Visuais da Universidade Estadual de Maringá (UEM), Sheilla Souza. A mostra é realizada em parceira com artistas Kaingang e os maringaenses Tabajara Marques e Tadeu dos Santos. Faz parte do grupo, também, uma equipe de colaboradores da Associação Indigenista – Assindi/Maringá, além de estudantes indígenas e do curso de Artes Visuais da UEM.

A exposição apresenta vestidos feitos por mulheres Kaingang, peças de arte indígena, fotografias e vídeo. As obras fazem parte de uma instalação na qual a questão da invisibilidade do povo indígena na cidade é apresentada como uma espécie de descobrimento ao contrário. O nome Descobertas faz referência a dois aspectos importantes relacionados aos índios do Brasil: o encontro intercultural com outros povos, instaurado no contato com os europeus e a situação de vulnerabilidade dos indígenas após esse encontro.

Peças- Os 13 vestidos foram feitos por índias Kaingang, da Terra indígena Ivaí, próxima à cidade de Manoel Ribas (PR). Segundo Jaciele Nyg Kuitá, estudante universitária Kaingang, as peças começaram a ser feitas por indicação do Serviço de Proteção ao Índio (SPI), órgão anterior à FUNAI, criado em 1910.

A exposição tem a duração de vinte dias. Fica até 6 de maio no Calil Haddad e “pode contribuir para a reflexão sobre os acontecimentos recentes ligados à questão indígena no Brasil, sobretudo para pensarmos melhor como temos (ou não) nos relacionado com os povos indígenas da região”, destaca a professora Sheilla.