O desfile em comemoração ao aniversário de 66 anos de Maringá terá como tema “Do Sertão para Maringá”, uma homenagem aos nordestinos. As alas do desfile terão como foco a participação deles na colonização da cidade, destacando a atuação dos retirantes desde a época do desmatamento e retratando traços da cultura do sertão que permaneceram, como a Festa Junina.Pelo terceiro ano consecutivo o evento será à noite, a partir das 20 horas, na Avenida Horácio Raccanello. Parte das comemorações do aniversário de Maringá este ano será no dia 10 de maio, embora o feriado seja transferido para o dia 13 conforme lei municipal 8.045/2008. O secretário de Cultura, Jovi Barboza, explica que as homenagens vão destacar o nordestino, mas sem menosprezo aos diferentes migrantes brasileiros que também tiveram um papel importante na história de colonização de Maringá.“As narrativas orais e escritas sobre a história oficial de Maringá muitas vezes omitiram a participação dos nortistas e nordestinos na aventura colonizatória, mas a relação do povo nordestino com Maringá remonta bem antes do início da formação da cidade”, justificou.Além das alas temáticas, está confirmada a participação de outras entidades e instituições na ala dos convidados.O percurso também já foi definido e vai abranger o trecho da avenida Horácio Racanello entre as avenidas Duque de Caxias e Herval. O local vai abrigar palco, arquibancadas, grades de proteção e palanque para autoridades. A concentração será na rua Visconde de Nassau e a dispersão na rua Piratininga.
DO SERTÃO PRA MARINGÁPrimeiramente os nordestinos se instalaram na área rural, em sítios e fazendas, atividades tipicamente populares e desprovidas de status social, porém, dotadas de importância para a construção do município.Num segundo momento, com o aparecimento da cidade, eles se concentraram principalmente na Vila Operária. A partir da década de 1960 o Jardim Alvorada passa a conter também essa população, chegando inclusive a ter várias ruas com nomes de estados do nordeste. O bairro Mandacarú tem essa denominação em tributo à planta típica da região nordestina.Continua se destacando a presença de nortistas e nordestinos, principalmente baianos, pernambucanos e cearenses.É destaque também a herança cultural que perdura até hoje, como Feiras, Festas Juninas, Gastronomia e a música contagiante do ritmo nordestino.
Até mesmo o nome da cidade foi inspirado em uma canção, Canção a Maringá, do compositor e médico Joubert de Carvalho (1932), cuja letra conta a vida retirante da cabocla paraibana denominada Maria do Ingá para o Sul do Brasil.
ORDEM DO DESFILEComissão de Frente – Ala dos Cangaceiros. Comissão em homenagem a Maria Bonita e Lampião, principais ícones da história cultural nordestina composta por bailarinos e atores.1ª Ala – Carro Alegórico “O Sertão”: Esta Ala será representada por um carro alegórico representando uma típica paisagem do nordeste;2ª Ala – “Os Retirantes”: A representação dos retirantes nordestinos que vieram para Maringá em um carro pau de Arara. Os personagens são alguns pioneiros nordestinos e atores;3ª “A Retirante que mais dava o que falar...”: Ala em Homenagem a Maria do Ingá, composta por bailarinas;4ª Ala - Carro alegórico – “As Mãos”:Homenagem a todos os trabalhadores que enfrentaram todos os perigos no processo de colonização de Maringá. As mãos simbolizam a ferramenta mais importante neste processo;5ª Ala – Desmatamento: Uma composição coreográfica e cenográfica simbolizando o trabalho braçal dos pioneiros no desmatamento da floresta para formação da cidade de Maringá;6ª Carro Alegórico – Maringá no início da Colonização; Representação da 1º casa construída no processo de colonização de Maringá;7ª Ala “O Arraial do Sertão”: Ala representando a Festa mais Popular do Nordeste, composta por bailarinos;Fechamento com “A Quadrilha”, composta por dançarinos.