As vendas do comércio varejista do Paraná cresceram 7% em maio, em comparação com maio de 2011, bem acima da média nacional, de 4,2%. Foi o melhor resultado das regiões Sul e Sudeste, segundo pesquisa divulgada nesta quarta-feira (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os índices referem-se ao conceito ampliado de varejo, que inclui os segmentos de veículos, motos e material de construção. Excluindo esses ramos, o aumento foi de 11,3% no Paraná e de 8,2% na média nacional.Oito dos 10 ramos do comércio acompanhados no Paraná registraram alta nas vendas, com destaque para artigos de uso pessoal e doméstico (30,2%), artigos farmacêuticos e de perfumaria (24,0%), hipermercados e supermercados (14,3%), combustíveis e lubrificantes (12,4%), tecidos, vestuário e calçados (10,2%) e material de construção (7,8%).No acumulado de janeiro a maio, o faturamento do comércio varejista paranaense teve aumento real (descontada a inflação) de 8,8%, enquanto a média nacional foi de 5,8%. Os aumentos mais expressivos ocorreram nas vendas de artigos farmacêuticos e de perfumaria (24,5%), artigos de uso pessoal e doméstico (23,6%), móveis e eletrodomésticos (16,9%), hipermercados e supermercados (15,3%) e material de construção (9,6%).
Nos 12 meses anteriores a maio, as vendas do varejo cresceram 8,3% no Paraná e 5,3% no País. No Estado, destacaram-se os ramos de artigos farmacêuticos e de perfumaria (19,9%), móveis e eletrodomésticos (17,4%), artigos de uso pessoal e doméstico (15,3%), material de construção (11,1%), hipermercados e supermercados (10,7%) e equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (10,2%).Na apuração restrita, que não inclui a comercialização de veículos, motos e material de construção, o varejo paranaense ampliou as vendas em 11,3% no mês, 13,9% nos cinco primeiros meses do ano e 10,7% nos doze meses anteriores a maio. A média nacional ficou em 8,2% (mês), 9,0% (acumulado do ano) e 7,3% (12 meses).Para o diretor-presidente do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), Gilmar Mendes Lourenço, a expansão do mercado de trabalho no Estado é um dos fatores que explicam o bom desempenho do comércio. Ele também cita o impacto da construção civil, a recuperação dos investimentos em obras públicas e a continuidade do avanço dos empreendimentos habitacionais. “Deve-se ainda levar em conta a restauração dos patamares de renda das atividades do agronegócio, graças à alta dos preços externos das commodities e à valorização do dólar”, disse Lourenço.