POLICIAL

Rebelião em penitenciária faz agente refém em Maringá

Um agente penitenciário foi feito refém numa rebelião iniciada na tarde desta segunda-feira, na Casa de Custódia de Maringá.

Segundo a Secretaria Estadual de Justiça do Paraná, cerca de 300 presos estão rebelados. Eles reivindicam a transferência de um grupo de aproximadamente 30 presos para diversas cidades, além de reclamarem da comida e de supostos maus-tratos no presídio.

Na última sexta-feira (9), houve um princípio de rebelião na penitenciária, mas o motim foi contido. Nesta madrugada, um grupo de cinco presos fugiu de uma das celas, pelo telhado. A fuga só foi percebida pela manhã, durante a contagem dos detentos.

A Polícia Militar não passou informações sobre as condições de segurança do presídio --todas as informações foram centralizadas na secretaria, que informa não ter dados concretos sobre a situação no local.

Segundo o Sindicato dos Agentes Penitenciários do Paraná, o agente que foi feito refém, Paulo Arruda, está em boas condições de saúde, mas sendo ameaçado "o tempo todo".

A secretária estadual de Justiça, Maria Tereza Uille Gomes, e o diretor do Departamento Penitenciário do Estado, Mauricio Kuehne, estavam a caminho de Maringá para negociar com os presos. Eles devem chegar à cidade por volta de meia-noite.

A Casa de Custódia é um presídio de segurança máxima e abriga presos provisórios, que aguardam decisão da Justiça. O local tem capacidade para 900 pessoas --hoje, abriga 891 presos.

Segundo o presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários do Paraná, José Roberto Neves, o presídio é relativamente novo (foi inaugurado há cerca de quatro anos), mas já apresenta problemas estruturais. "Os presos não estão tendo dificuldade de romper com as paredes, os tetos", comenta.

De acordo com Neves, 20 agentes penitenciários trabalhavam no local quando o motim foi iniciado.