O prefeito Silvio Barros se reuniu com o presidente da Companhia Paranaense de Energia Elétrica (Copel), Lindolfo Zimmer, nesta sexta-feira (8) para solicitar o apoio da companhia em projetos de desenvolvimento e sustentabilidade. Segundo o prefeito, “o convite foi feito para tratar de situações emergenciais e a longo prazo, buscando manter a cidade em condições de continuar em processo de crescimento com o abastecimento adequado de energia elétrica”.Entre os assuntos em pauta estiveram a proposta de rebaixamento da iluminação na avenida Brasil, a instalação do Linhão da Campolina, a criação do Cinturão de Abastecimento de Produtos Orgânicos, a campanha pela sustentabilidade aproveitando fontes de energia alternativas, a expansão do fornecimento de energia para novos empreendimentos imobiliários, o financiamento de projetos com aplicação da renúncia fiscal e a permuta de um terreno para a construção de um posto de saúde na Zona 7.Participaram do encontro o diretor de distribuição da Copel, Pedro Augusto do Nascimento Neto, o superintendente da Copel de Maringá, Dante Conselvan, representantes da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), da Central de Abastecimento e Armazéns (Ceasa), de construtoras, integrantes da administração municipal e da Câmara de Vereadores.O chefe do Executivo apresentou para o presidente da Copel o projeto de revitalização da avenida Brasil, que prevê mudanças no paisagismo e no calçamento, e solicitou apoio da companhia nos investimentos para a instalação da rede elétrica subterrânea no local. “Temos um projeto para revitalizar aquela área e precisamos de investimentos, assim como a Copel foi parceira das prefeituras de Cascavel e Foz do Iguaçu na revitalização das avenidas Brasil dessas cidades. Sabemos que Curitiba está propondo essa parceria e também precisamos desse apoio”, explicou Silvio Barros.O presidente da Copel disse que pelo menos metade dos municípios do Paraná tem projetos como este e que esses projetos precisam passar pela aprovação da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o órgão regulador. “A Aneel não costuma praticar esse tipo de política, porque reconhece projetos como este como necessidade estética, priorizando um custo mais justo para a população. Mas vamos colaborar com sugestões e buscar opções junto à Prefeitura de Maringá para atenuar esses investimentos. Vamos estudar todas as propostas em conjunto para conseguir uma contribuição que seja reconhecida pelo regulador”, afirmou.De acordo com o diretor de distribuição da Copel, Pedro Augusto do Nascimento Neto, a rede elétrica normal tem um custo de R$ 80 mil por quilômetro, a rede compacta custa R$ 150 mil e a subterrânea R$ 2,5 milhões por km. Para instalar a rede subterrânea na extensão prevista pela Prefeitura, 2 km, seria necessário um investimento de R$ 5 milhões.Outra situação apontada na reunião foi a necessidade de transferir a rede elétrica que sai da subestação da Copel na avenida Pedro Taques e corta a região central da cidade, impedindo o loteamento de alguns terrenos em uma área próxima ao Centro. A proposta da Prefeitura é construir uma avenida paralela que abrigaria a rede no canteiro central, liberando os terrenos para loteamento. A nova avenida se chamaria Campolina.
Entre as propostas da Prefeitura está o aproveitamento de parte dos terrenos que ficam abaixo do linhão da rede de energia elétrica da Copel para a produção em parceria com a Ceasa. A ideia é fazer um convênio com a Copel como a Prefeitura já possui com a Eletrosul no caso das Hortas Comunitárias. Assim, seria criado um Cinturão de Abastecimento de Produtos Orgânicos para a produção de hortifrúti.Silvio Barros destaca que este projeto já foi encaminhado para a Copel e está em andamento. O presidente da companhia contou que já solicitou a avaliação da Aneel para essa proposta e que uma equipe virá a Maringá para verificar a área e dar continuidade aos trabalhos para firmar o convênio.O prefeito propôs uma parceria de sustentabilidade com a Copel para criar uma campanha de educação e conscientização aproveitando fontes energéticas alternativas em novos projetos de engenharia e arquitetura.Outra situação proposta que já está encaminhada é a permuta de um terreno da Copel com a Prefeitura para a construção da Unidade Básica de Saúde da Zona 7. O prefeito disse que o recurso já está alocado desde 2010 e que já estão sendo feitas as avaliações dos imóveis para verificar a possibilidade da troca. Lindolfo Zimmer se mostrou interessado em fazer a permuta do terreno da Prefeitura, que fica ao lado de uma central de atendimento da Copel na avenida Horácio Racanello esquina com a Monlevade pelo terreno da Prefeitura, que fica na avenida Colombo.A última proposta apresentada pela Prefeitura se refere à instalação da Usina de Conversão Energética do Lixo. A ideia, que vem sendo analisada e estudada pela Prefeitura há 5 anos, é instalar uma usina para zerar os resíduos sólidos através da conversão energética, propondo que o lixo de Maringá e municípios vizinhos possam ser transferidos em energia e vapor."Sabemos que a Copel vem estudando energias alternativas e entendemos que essa proposta é boa para o meio ambiente e para a comunidade", disse o prefeito.O presidente da Copel se colocou favorável ao projeto. "No mundo esse modelo já funciona, no país ainda não. Mas a Copel tem interesse sim em comprar essa energia resultante, abrandando o custo do processo como um todo. Vemos com otimismo as parcerias com a Prefeitura. A Copel vai estar presente para garantir o crescimento da região. Onde pudermos somar, estaremos juntos", finalizou.