Leão Kimba morre aos 17 anos

O corpo do leão está sendo necropsiado na Unipar, em Umuarama, onde existe estrutura para atender animais silvestres de porte. O laudo da morte deve sair em algumas semanas, e os veterinários que realizam os exames já detectaram alguns problemas apresentados pelo leão.

Além da insuficiência renal diagnosticada anteriormente e que vinha sendo tratada, os exames indicaram a degeneração hepática e um nódulo no pulmão. A causa da morte, de acordo com os veterinários, será confirmada apenas após a conclusão dos exames.

O procedimento desta quarta-feira foi agendado depois da equipe de veterinários que atende o leão e a leoa do Parque do Ingá detectarem problemas na pata esquerda de Kimba. No dia 14 de dezembro do ano passado, os veterinários cortaram as unhas do leão, que na pata esquerda apresentava crescimento excessivo com lesão em alguns dedos.

A equipe de veterinários acredita que devido a uma artrose, o leão não conseguia movimentação na pata esquerda para manter as unhas em tamanho adequado. Tratadores confirmaram que Kimba já não realizava o movimento normal que os felinos fazem para “lixar” as unhas com a pata esquerda.

Na quarta-feira passada, o leão e a leoa Doti foram anestesiados e Kimba foi transportado até uma clínica em Maringá, onde fez um raio X da pata esquerda. Na volta ao Parque do Ingá, o leão teve as unhas aparadas e passou por uma limpeza nos dentes. O mesmo procedimento foi feito com a leoa.

A intenção era deixar os dois animais em condições de serem transportados para onde serão destinados pelo Ibama, inclusive com um relatório das condições de saúde do leão e da leoa. O procedimento iniciado por volta das 8 horas da manhã se estendeu até 14 horas, quando Kimba e Doti foram devolvidas à jaula.

Os veterinários notaram que Kimba respirava com dificuldade, e passaram a monitorar as condições do animal. Como a situação se agravou, e equipe foi mobilizada novamente e mesmo com massagem e uso de medicamentos o leão teve uma parada cardiorespiratória. Kimba tinha 17 anos, uma idade avançada para um felino que em média vive 20 anos em cativeiro.