ECONOMIA

A 36.ª edição do horário de verão termina neste sábado

A 36.ª edição do horário brasileiro de verão, que começou dia 17 de outubro, termina neste sábado (19), quando, às 24h os relógios deverão ser atrasados em uma hora, voltando para as 23h.

A 36.ª edição do horário de verão termina neste sábado

A Copel estima que 200 megawatts de potência tenham deixado de transitar pelo sistema elétrico paranaense durante o horário de ponta, deslocado das 18h e 21h para 19h e 22h no horário de verão. Essa potência equivale à demanda máxima da Região Metropolitana de Londrina, o segundo maior centro urbano do Estado, ou de duas cidades do porte de Foz do Iguaçu.

“A adoção do horário de verão permite que instalações importantes do setor elétrico como usinas, linhas de transmissão e subestações trabalhem com maior folga operacional, elevando os níveis de confiabilidade do sistema e reduzindo a probabilidade de problemas como sobrecargas”, explica Christina Courtouke, engenheira do Centro de Operação do Sistema Elétrico da Copel. “O alívio nas condições de funcionamento também permite realizar paradas para manutenção preventiva sem ocasionar riscos ao atendimento do mercado, o que é um benefício enorme”.

O horário de verão proporciona discreta economia – da ordem de 0,5% – nos níveis habituais de consumo de eletricidade. Essa redução se dá, basicamente, em decorrência do menor tempo de uso dos equipamentos de iluminação, já que nessa época do ano o período de luminosidade natural é naturalmente mais longo, retardando a necessidade do acendimento de lâmpadas.

ARTIFÍCIO – O horário de verão é um artifício adotado desde 1985 de forma contínua e rotineira em dez estados do Sul, Sudeste e Centro-Oeste do país, além do Distrito Federal. A lógica da medida consiste em antecipar a rotina das pessoas em uma hora, “esticando” o final das tardes e aliviando as condições de operação do sistema elétrico no chamado horário de ponta, o momento do dia em que ocorre a maior demanda simultânea por energia. Isso acontece em razão da defasagem criada entre o período de máximo consumo das diferentes categorias de usuários, evitando que seus picos coincidam e se sobreponham.

Como se dá, por exemplo, com as residências, onde o consumo de energia elétrica sobe a partir do encerramento do horário comercial. Durante o horário de verão, a maior parte das pessoas volta para casa e usa eletrodomésticos e chuveiros com o dia ainda bastante claro, muito tempo antes dos sensores fotoelétricos da iluminação pública se acionarem.

Com a edição do Decreto 6558/2008, foram estabelecidas regras duradouras para a adoção do horário de verão, tais como a região de abrangência, data de início e também de término. Assim, o horário de verão sempre começará à zero hora do terceiro domingo de outubro, para terminar à zero hora do terceiro domingo de fevereiro – a menos que esse seja domingo de Carnaval, quando então o final do horário de verão será adiado para o domingo seguinte.