Polícia Federal desmantela quadrilha de contrabandistas, 28 presos em Maringá
A Polícia Federal investigava o grupo há quase um ano com o objetivo de identificar os principais líderes a partir da fronteira do Paraná com o Paraguai.
As ''inúmeras cabeças'' da quadrilha acusada de ser a responsável por 50% do contrabando rodoviário que entra no país começaram a ser cortadas ontem com a deflagração da ''Operação Hidra'' pela Polícia Federal (PF). Amparados por 87 mandados de prisão e 422 de busca e apreensão expedidos pela Justiça Federal de Maringá, agentes federais haviam prendido 28 suspeitos até o final da tarde apenas no Norte e Noroeste paranaense. Entre os presos no Estado estão 11 policiais rodoviários e o homem apontado como o cérebro do grupo, José Doniseth Balan, que foi encontrado no Mato Grosso do Sul. As ações também aconteceram em São Paulo 9 prisões , Mato Grosso 3 prisões e Mato Grosso do Sul 23 prisões, entre elas a de um policial rodoviário.
Segundo o agente de comunicação social da PF em Maringá, Celso Secolo, eles são suspeitos de integrar a quadrilha especializada em contrabando (importação de mercadorias proibidas) e descaminho (importação de produtos sem o pagamento de impostos). Eles atuavam na compra, venda e transporte ilegal de mercadorias contrabandeadas de alta qualidade e bom valor de mercado como eletroeletrônicos, equipamentos de informática, cigarros, materiais e equipamentos médicos e odontológicos, agrotóxicos, medicamentos, compostos farmacêuticos e pneus, entre outros.
Conforme a PF, os ''cabeças'' da quadrilha mantinham estrutura operacional e logística nas cidades de Maringá, Umuarama, Foz do Iguaçu, além de Eldorado e Mundo Movo, ambas no Mato Grosso do Sul.
De acordo com as investigações, os objetos contrabandeados eram transportados em caminhões e carretas pertencentes à quadrilha e tinham como destino final os estados de São Paulo, Tocantins, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná, Rio Grande do Sul e Minas Gerais. Duas empresas de Maringá Carrocerias Taba e Transbalan participavam do esquema: a primeira servia de entreposto e ponto de reunião dos suspeitos e a segunda era usada como fachada para as negociações da organização.
SAIBA MAIS
A operação foi batizada de Hidra em referência à mitologia grega. Hidra é uma serpente com múltiplas cabeças que mata com seu hálito venenoso aqueles que se aproximam. A ação exigiu a participação de 650 agentes federais.
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