O governador Orlando Pessuti assinou nesta quarta-feira (27) a elevação da Companhia de Polícia de Choque da PM a Batalhão de Operações Especiais (Bope) e a criação do Grupamento de Resgate Aéreo (Graer). Os dois têm sede em Curitiba, mas irão atuar em todo o Paraná.“Eles são um primeiro passo na preparação da segurança do Estado para a Copa das Confederações, em 2013, e Copa do Mundo 2014.”disse Pessuti, após a assinatura dos documentos.No evento, também foram entregues 43 viaturas Blazer para as Rondas Ostensivas Tático Móvel (Rotam) e a Polícia de Choque. Do total, 18 veículos se destinam às Rotam das de Curitiba (13 carros), São José dos Pinhais (3) e Paranaguá (2).Das 25 viaturas entregues à Polícia de Choque, nenhuma virá a Maringá. Elas serão utilizadas em Curitiba (18), Londrina (3), Cascavel (2) e Guarapuava (2).O Paraná era um dos poucos estados do Brasil que ainda não possuía constituído um grupamento aéreo na Segurança Pública.O Bope irá atuar na retomada de locais ou áreas ocupadas, realizará patrulhamento tático em todo o Paraná, cuidará de restabelecer a ordem em rebeliões penais e urbanas, fará escoltas especiais e agirá em situações que uma unidade de área não consegue resolver.
A Companhia de Polícia de Choque, unidade de elite da Polícia Militar, foi criada em 1964, e agora se transforma em batalhão. “Essa transformação está prevista na nova lei de organização básica, que prevê a expansão e criação de várias unidades na PM, a descentralização dos serviços e uma melhoria dos serviços prestados, em todo o Estado”, disse o comandante-geral da PM, coronel Luiz Rodrigo Larson Carstens.Com a elevação, o Bope ficará sob o comando de um tenente-coronel — era chefiado por um major — e terá seis companhias. Além disso, o efetivo, que atualmente é de 254 homens, será ao menos dobrado. “Também teremos novas instalações, adequadas para abrigar as seis companhias (quatro de Choque, uma de Operações Especiais e um o Canil), além de um Grupo de Negociação e Pelotão de Comando e Serviço”, diz.A criação do Bope se justifica a progressão do Estado, ao crescimento populacional, ao aumento dos índices de criminalidade e aos grandes eventos públicos que serão realizados no Paraná.O Grupamento Aeropolicial – Resgate Aéreo possui, até o momento, dois helicópteros. A unidade será responsável pelo policiamento aéreo, ações de socorro, Defesa Civil e operações policiais e de bombeiros, além do apoio a órgãos federais, estaduais e municípios de todo o Estado.O grupo conta com 52 policiais militares capacitados para a atividade e necessitava, segundo o comandante-geral da PM, de segmento próprio aerotransportado para o desenvolvimento de atividades.Os helicópteros Falcão 2 que a PM possui pode carregar até cinco pessoas. Em operações, costumam estar a bordo uma tripulação composta por piloto e co-piloto e dois policiais, um deles armado. Em resgates, os policiais são substituídos por médico e uma maca para transporte de vítimas.Em operações de patrulha, o helicóptero voa a uma altura de 100 a 150 metros e passa informações ao Centro de Operações Policiais Militares (Copom) e a viaturas em terra.