O secretário de Saúde de Maringá, Antônio Carlos Nardi, pediu nesta quarta-feira (10), o envolvimento de cada maringaense no combate ao mosquito transmissor da dengue. “Será a única forma de frearmos o crescimento dos casos da doença”, afirmou diante dos números divulgados pela Secretaria de Estado da Saúde, confirmando 77 casos positivos e 279 notificados no município.Os casos confirmados já passam dos 59 registrados em todo ano passado, e preocupa as autoridades. “As secretarias municipais e os órgãos integrados ao Comitê Municipal de Combate à Dengue estão cumprindo sua parte, mas é preciso o envolvimento de toda a população”, lembra Nardi.A situação desde o início do ano está propícia para a proliferação do mosquito, com altas temperaturas e chuvas constantes e acima da média. Além disso, cita Nardi, o índice de infestação do mosquito está elevado em vários bairros, inclusive em alguns onde a média do final do ano passado era baixo. “Até mesmo em bairros onde realizamos ações de impacto como o arrastão contra a dengue a situação praticamente não se alterou”, lamenta o secretário.O apelo às pessoas é que não deixem acumular água em qualquer quantidade ou situação. O último levantamento de índice, realizado no início de janeiro, mostrou que 95% dos focos são intradomiciliares, ou seja, no ambiente doméstico seja dentro das residências ou nos quintais e áreas comuns de condomínios.
O levantamento mostrou também que os focos continuam em locais passíveis de remoção pelas pessoas, como entulho, lixo e resíduos sólidos, tinas e reservatórios, pratos de vasos e pneus. “Uma simples tampinha de garrafa ou um saco plástico que acumula água pode ser um criadouro do mosquito”, lembra o secretário.O Comitê Municipal de Combate à Dengue, de acordo com Nardi, vem trabalhando com mais intensidade desde o início do verão. “O comitê não pára o ano todo, e cada segmento envolvido está fazendo sua parte no combate direto ao mosquito e na sensibilização de seu público”. O secretário cita também o trabalho dos agentes ambientais, que estão conseguindo fechar o ciclo de visitas domiciliares em média de 30 dias, praticamente metade do tempo normal. “As pessoas devem apenas entender que o agente não limpa os quintais, apenas vistoria e orienta contra o mosquito”.Outra ferramenta importante no combate à dengue é o Mapa da Dengue em Maringá, mostrando as áreas de maior infestação em cada ponto do município. O mapa está em postos de saúde, escolas, creches, ônibus do transporte coletivo e locais de concentração popular, além do site da Prefeitura (www.maringa.pr.gov.br). A Secretaria de Saúde vem também realizando campanhas de mobilização da sociedade desde o final do ano passado, dentro da programação do Verão sem Dengue. Desde a última terça-feira a Volta às Aulas sem Dengue está mobilizando os 28,5 mil alunos das escolas municipais, e nesta sexta-feira será lançada a campanha Carnaval sem Dengue, com a presença do secretário de Saúde do Paraná, Gilberto Martin. O lançamento será às 11 horas na Praça Raposo Tavares.