O secretário de Saúde de Maringá, Antônio Carlos Nardi, alertou nesta terça-feira (12) que toda a população deve agir imediatamente contra o mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, para evitar uma epidemia da doença. “No prazo de pouco mais de dois meses a situação se agravou em praticamente toda a cidade em relação aos focos do mosquito, e é preciso ação imediata por parte de toda a comunidade”, apelou. O apelo do secretário foi durante reunião do Comitê Municipal de Combate à Dengue, onde foi apresentado o último Levantamento de Índice de Infestação do Mosquito Aedes aegypti. Realizado entre os dias 4 e 8 de janeiro, o levantamento resultou em um índice geral de 3,8%, com sete regiões apresentando alto risco. O índice aceitável pela Organização Mundial da Saúde é de 1%.A situação mais grave, com índice de 13,5%, foi detectada na região dos bairros Champagnat, Oásis e Pinheiros. Na sequência, ainda com alto risco, aparecem as regiões do Mandacaru, Hortência e Montreal com 7,2%; Alvorada, Alvorada II e III e Ebenezer com 5,4%; Cidade Nova, Cidade Jardim, Real e Laranjeiras com 4,2%; Aeroporto, Vila Nova, Porto Seguro, Cidade Alta e Tarumã com 4,1%; Alvorada III, Morangueira e Lea Leal também com 4,1% e Requião, Paulista, Karina, América e Parigot de Souza com 3,6%. Com médio risco, aparecem os bairros Borba Gato, Itaipu e região da Cocamar com 2,8%; Centro com 2,8%; Operária e Zona 8 com 2,5% e Zonas 4 e 7 com 2%; Grevíleas, Herman Moraes de Barros, Quebec e Posto Duzentão com 1,7%; Iguatemi, Santa Terezinha e São Domingos com 1,6%; e Parque da Gávea, Cemitério, com Zona 5, Fim da Picada e região com 1,3%.Resíduos em quintaisA maioria dos focos, ainda segundo o levantamento da Vigilância Ambiental, está em resíduos sólidos e entulhos, tinas e reservatórios de água, pratos de vasos de plantas, pneus e caixas d´água. A grande maioria encontrada em quintais ou no interior de residências. “Não podemos admitir focos do mosquito da dengue em caixas d´água e outros locais depois de 12 anos de trabalho ininterrupto de conscientização das pessoas para combater água parada”, afirmou o secretário Antônio Carlos Nardi. Ele apela para que as pessoas evitem qualquer objeto que aumule água em quintais ou dentro das residências e locais de trabalho.
O secretário comparou que o último levantamento de índice, realizado no final de outubro do ano passado, a média geral foi de 1,9%, metade do registrado agora. “Nas região de alto risco realizamos arrastões e um trabalho de casa em casa, mesmo assim o índice agora se mantêm elevado”, afirmou Nardi, lembrando ainda que na área central, onde o índice de outubro era zero, agora está em 2,8%.Na última segunda-feira, a Secretaria de Saúde confirmou o primeiro caso deste ano, um caso importado entre os 16 notificados. No ano passado foram 447 notificações e 60 casos confirmados. Outra preocupação, segundo Nardi, é com as condições das cidades da região, algumas enfrentando altos índices de infestação ou ausência de agentes ambientais.Além de integrantes do Comitê Municipal de Combate à Dengue participaram da reunião desta terça-feira os diretores de todas as unidades básicas de saúde. “A partir de agora vamos realizar o trabalho de casa em casa para orientar e cobrar ação das pessoas”, pediu Nardi. Ele revelou ainda que o ciclo completo de visitas será de 30 dias, como foi realizado em dezembro. “Mês passado os agentes ambientais fecharam o ciclo em 30 dias e vamos manter essa média”, adiantou.O secretário lembra que desde quando iniciaram as temperaturas elevadas o trabalho de combate à dengue foi intensificado. “Realizamos várias campanhas e vamos manter a rotina”. Depois do Natal e Ano Novo sem Dengue, está em andamento a campanha Férias sem Dengue, e programadas a Volta às Aulas sem Dengue e Carnaval sem Dengue. “São campanhas dirigidas à toda comunidade, mas se cada um não fizer sua parte eliminando água parada não veremos resultados”, alerta.