GERAL

Receita das exportações pelos portos paranaenses duplicou em sete anos

A receita gerada pelas exportações nos portos de Paranaguá e Antonina dobrou nos últimos sete anos: resultado das mudanças no modelo de gestão proposto pelo atual governo, que investiu em infraestrutura para as operações de embarque e armazenamento e na diversificação de cargas. O salto foi de US$ 6,5 bilhões, em 2003, para próximo de US$ 12,5 bilhões, este ano.

O cálculo do montante a ser arrecadado com o fechamento de 2009 leva em consideração a receita cambial até novembro - US$ 11,5 bilhões – mais uma projeção do valor de dezembro – em torno de US$ 1 bilhão. Em 2002, a soma dos valores dos embarques havia sido de US$ 4,1 bilhões, o que representa pouco mais de um terço da receita projetada para este ano.

O resultado em 2009 poderia ter sido melhor e superado a receita cambial de 2008, que foi extremamente positiva – US$ 14 bilhões. No entanto, este ano, os exportadores ainda tiveram que administrar um mercado internacional retraído por conta dos reflexos da crise.

“O ano de 2009 foi atípico, justamente, por sofrer, todas as consequências de uma crise internacional. Os principais portos do mundo sofreram reduções de movimentação. Na lista dos principais portos nacionais, o Porto de Paranaguá foi o que teve a menor queda de receita, justamente por operar com um mix de produtos bem distribuídos. Essa diversidade de produtos ajudou a atenuar o impacto negativo da crise internacional”, afirmou o superintendente da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), Daniel Lúcio Oliveira de Souza.

Em volume, a movimentação manteve uma média anual de aproximadamente 30 milhões de toneladas, nos últimos sete anos, o que reforça o efeito positivo da ampliação da pauta de exportações e da entrada de cargas de maior valor agregado nos portos paranaenses.

Um exemplo são as carnes congeladas. Entre 2003 e 2009, as exportações de congelados, em volume, triplicaram nos portos paranaenses. O valor gerado pelos embarques teve um crescimento de quase 480%: saltou de US$ 414 milhões, em 2003, para US$ 2,4 bilhões, no acumulado de janeiro a novembro deste ano. Esse resultado colocou o Paraná na liderança das exportações de congelados entre os portos brasileiros.

Antes reconhecido como essencialmente graneleiro, o Porto de Paranaguá consolidou-se, nos últimos anos, como um dos principais canais de escoamento de veículos e de contêineres, além dos produtos congelados. Atualmente, o complexo portuário paranaense concentra, também, a maior parte das operações de importação de fertilizantes do Brasil. “Todo esse excelente desempenho se deve ao modelo de gestão e à política de diversificação de cargas adotados pelo ex-superintendente, Eduardo Requião”, destacou Souza.

Os investimentos em infraestrutura para o embarque e desembarque de veículos fizeram de Paranaguá o segundo maior pólo logístico do setor automotivo. A capacidade operacional de movimentação é, em média, de 150 veículos por hora: a maior entre os portos onde as montadoras estão presentes. Os incentivos oferecidos pela Appa para atrair e fomentar as operações de veículos pelo Porto de Paranaguá tiveram como resultado o aumento expressivo no número de unidades movimentadas: de 55 mil unidades, em 2004, para 160 mil unidades, no ano passado. Este ano, de janeiro a novembro, foram cerca 120 mil veículos. O setor foi um dos mais atingidos pela crise mundial, mas projeta uma recuperação para 2010.

“Considerando as perspectivas para 2010, o cenário é positivo para todas as cargas. Nós temos, na área de grãos, a previsão de uma safra recorde e com as melhorias na infraestrutura marítima - proporcionadas pela dragagem e recuperação da sinalização náutica – novos contratos estão vindo para o Porto de Paranaguá, que deverá ter um crescimento de 25% no embarque de granéis no próximo ano”, projetou Daniel de Souza.
Agência Estadual de Notícias