Trem de passageiros que ligará Maringá à Londrina recebe aporte inicial.

O projeto para reativação do trem de passageiros nos 130 quilômetros do eixo ferroviário entre Paiçandu e Ibiporã já dispõe de R$ 400 mil liberados pelo Ministério dos Transportes através da Portaria nº 260, de 11 de dezembro.

Segundo o presidente da Ferroeste, Samuel Gomes, o dinheiro será utilizado pelo grupo integrado por prefeituras e universidades da região para realizar o estudo inicial de reativação do trem.

A liberação dos recursos financeiros ocorre uma mês depois da realização de dois seminários que debateram a volta do “Trem Pé-Vermelho”, em Maringá e Londrina, e que contaram com a participação do diretor do Ministério dos Transportes, Afonso Carneiro Filho.

Nos encontros também estiveram prefeitos dos 13 municípios localizados no eixo Paiçandu-Ibiporã, além de representantes de universidades, coordenadorias das regiões metropolitanas de Maringá (Comem) e de Londrina (Comel), representantes do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Londrina (Ippul) e da Urbanização de Maringá (Urbamar).

Outros R$ 400 mil liberados pelo ministério serão destinados para o projeto do trem regional entre Caxias do Sul e Bento Gonçalves, no Rio Grande do Sul, que será operado pela Trensurb, de Porto Alegre, parceira dos paranaenses no desenvolvimento do modelo de operação dos trens regionais nos dois Estados.

Os recursos serão repassados através de convênio com a Universidade Federal de Santa Catarina, gestora do projeto gaúcho, através do Laboratório de Transporte (Labtrans). Participam também dos estudos as universidades estaduais do Paraná (UEM e UEL) e do Rio Grande do Sul (Universidade Caxias do Sul-UCS) e o Lactec .

Estudos em janeiro

Para o presidente da Urbamar, Fernando Camargo, a liberação dos recursos é mais uma clara demonstração de que o Governo Federal também acredita na viabilidade social, econômica e financeira do projeto paranaense. “Essa aposta do Ministério dos Transportes nos motiva ainda mais a buscar novos elementos para a continuidade prática do projeto, não nos restringindo apenas aos aspectos teóricos”, assegura.

De acordo com o presidente da Ferroeste, Samuel Gomes, os estudos de viabilidade do trem regional serão iniciados no mês de janeiro. Serão ouvidas entre 30 e 40 mil pessoas do eixo Londrina-Maringá para identificar as necessidades de deslocamento e as linhas de desejo dos passageiros.

O estudo também vai apontar os custos e qual deverá ser a participação dos governos estadual e federal no projeto.

A implantação do ¨Trem Pé-Vermelho¨ no trecho interligado por linha férrea beneficiará os municípios de Ibiporã, Londrina, Cambé, Rolândia, Arapongas, Apucarana, Cambira, Jandaia do Sul, Mandaguari, Marialva, Sarandi, Maringá e Paiçandu.