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Relatório aponta drogas mais consumidas em Maringá

A Prefeitura, através das Secretarias de Assistência Social e Cidadania, Educação e Saúde, apresentou o relatório de atividades desenvolvidas no município sobre ações de prevenção e tratamento do uso de drogas nos anos de 2006, 2007 e 2008. Auxiliaram na formulação do relatório o Conselho Municipal Antidrogas, Polícias Militar e Federal, entidades e grupos de apoio.

De acordo com o levantamento as drogas mais consumidas continuam sendo o crack e o álcool. Em 2008 a média de atendimento realizado pelo Centro Psicossocial para Álcool e outras Drogas (CapsAD) foi de 100 pacientes por mês, resultando em 400 procedimentos médicos mensais. Desses atendimentos 49% procuraram tratamento para alcoolismo, 41% múltiplas drogas e 10% para maconha.

O diretor de Programa Antidrogas da Sasc, Manoel Costa, explica que o relatório traz os dados de pacientes que estão em tratamento ou buscaram ajuda. “Fizemos o levantamento tendo como base as pessoas que estão em tratamento ou que procuraram auxílio. São pessoas residentes em Maringá ou não, mas que procuraram ajuda aqui no município. Entre 2006 e 2008 o uso de álcool e crack predominam, atingindo mais os homens, na faixa etária entre 20 e 29 anos, pertencentes à classe social média, e com tempo de consumo entre 5 e 10 anos. Esse é o retrato do dependente químico em Maringá”.

Com base no relatório será possível renovar o credenciamento do município junto à Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas e captar recursos do Governo Federal para programas de prevenção às drogas e tratamento de dependentes químicos. Além disso a Prefeitura e entidades irão direcionar as ações de combate às drogas e articular com escolas, universidades e empresas o trabalho de prevenção.

Para o prefeito Silvio Barros essa é uma discussão importante e que deve ter o envolvimento de toda a sociedade. “Criamos a Diretoria de Programa Antidrogas que faz um trabalho mais ativo e efetivo para auxiliar num dos problemas maios críticos da sociedade. A droga é um câncer que se alastra por todas as cidades e precisamos agir para evitar a proliferação desse mal. Para isso a orientação das famílias é fundamental, por isso temos que capacitar e preparar os familiares dos dependentes químicos para que eles encontrem apoio dentro de casa”.

Para a recuperação do dependente químico a Prefeitura conta com programas como CapsAD e Proerd, comunidades terapêuticos, emergência psiquiátrica do Hospital Municipal e o Hospital Psiquiátrico. A dependência química é uma doença crônica que precisa de tratamento e acompanhamento constante. Para receber alta o paciente deve completar 12 meses de abstinência total e acompanhamento mensal de mais 12 meses.

A secretária da Sasc, Rosa Maria Marques, finaliza ressaltando que a questão das drogas é um assunto sério e que deve ser tratado com atenção. “Com a diretoria específica de prevenção às drogas, o apoio de outras secretarias municipais e de entidades temos a possibilidade de trabalhar mais profundamente essa questão que aflige não só o usuário mas os familiares e a sociedade em geral”.