CIDADE

Prefeitura inicia no próximo mês plano de ação para acabar com o lixo

A Secretaria do Meio Ambiente e Agricultura (SEMAA) de Maringá está elaborando um plano de ação para melhorar as questões da coleta, separação e reciclagem do lixo.

As alterações começam no próximo mês. Para agilizar o processo, foram definidas duas metodologias de trabalho:

analisar a tecnologia mais adequada para a destinação do lixo na cidade e aumentar o percentual de aproveitamento do lixo.

De acordo com o secretário da SEMMA, José Croce Filho, esta é uma questão que deve ser definida com urgência. "O lixão precisa ser extinto. O problema do lixo precisa melhorar por necessidade e por uma solicitação da população e de órgãos de fiscalização do meio ambiente.

Já estamos tomando as atitudes necessárias para isso", afirma. Ainda segundo ele, algumas empresas já estão apresentando para a secretaria projetos para a transformação do lixo utilizando diferentes tecnologias, desde aterro sanitário até a utilização de plasma molecular.

Além disso, ele se comprometeu a visitar pessoalmente outras empresas com tecnologias em funcionamento para procurar a mais adequada para a cidade.

A partir da escolha da melhor tecnologia, prevista para o próximo mês, a Prefeitura vai iniciar uma campanha de conscientização para convidar e incentivar a população a separar o lixo possibilitando a reciclagem.

Em seguida, será necessário aumentar os pontos de coleta e recebimento, com execução prevista pela secretaria. "Com esse plano de ação, temos o objetivo de aumentar o percentual da reciclagem da parte seca e da parte orgânica do lixo", diz Carlos Alves, assessor da SEMAA.

Dados oficiais mostram que, hoje, funcionam 8 cooperativas

regulamentadas em Maringá que são responsáveis pela reciclagem de apenas 3% do lixo seco e alguns profissionais liberais que utilizam o lixo orgânico para a produção de adubo. "O objetivo é dobrar este percentual em curto prazo.

Uma boa média seria o aproveitamento de 15% do lixo seco, de acordo com dados de outros municípios do país", explica Croce.

Existem atualmente cerca de 600 pessoas das cooperativas trabalhando com o lixo na cidade com um salário que varia de R$300 a R$700, podendo chegar até R$800. "Com o aumento da separação do lixo poderemos disponibilizar para estas e outras pessoas um faturamento melhor e mais oportunidades para efetuar a reintegração social e econômica deles",

analisa Croce.

De acordo com Alves, Maringá, Paiçandu e Sarandi estão unindo forças para acabar com o lixão. "O que falta é a conscientização da população, que se preocupa, mas não colabora", comenta.

O secretário da SEMAA conclui confirmando um compromisso de

campanha do prefeito. "Nós temos um desafio e o prefeito Silvio Barros tem colocado isso como objetivo desde a campanha: lixo zero."

PMM