MEIO AMBIENTE

Município quer destinação final correta de embalagens longa vida

O secretário de Meio Ambiente, Diniz Afonso, coordenou nesta quarta-feira (15) uma reunião para discutir a destinação correta de embalagens longa vida tendo como base o Programa Paraná e Tetra Pak, que envolve 22 municípios paranaenses, denominado G22.

A reunião que também foi uma audiência pública, contou com a presença de representantes das secretarias de Meio Ambiente e Serviços Públicos, Instituto Ambiental do Paraná, Acim, Cocamar, Apras, Tetra Pak e cooperativas de recicláveis.

O secretário de Meio Ambiente informa que das 300 toneladas de resíduos coletadas em Maringá diariamente, 4.500 quilos são de embalagens longa vida.

“Recebemos ao mês entre 110 e 120 toneladas só dessas embalagens.

Esse número é o que recebemos no aterro sanitário, fora os que são retirados por cooperativas e catadores informais.

Precisamos arrumar uma solução para encaminhar corretamente esse material”, explica Afonso.

O problema com a destinação final das embalagens longa vida atinge todos os municípios, por isso as 22 maiores cidades do Paraná responsáveis pela geração de 80% de todos os resíduos do Estado formaram o G22, que desde 2007 cobra uma solução da empresa Tetra Pak visando o escoamento sustentável das embalagens longa vida pós consumo.

Agora a empresa tem se reunido com os municípios para juntos buscarem uma solução efetiva.

Durante a reunião a Prefeitura expôs as dificuldades encontradas pelo município na destinação correta do material e as necessidades das cooperativas para se dedicarem na coleta das embalagens.

Os representantes da empresa analisaram as propostas e argumentaram alguns pontos, o que frustou os participantes do encontro.

Para o secretário de Meio Ambiente, o município quer fazer valer a normativa que estabelece a Logística Reversa, quando todo fabricante que coloca sua marca e produto no mercado é responsável por retirar a embalagem do meio ambiente.

“O trabalho que a Tetra Pak deveria fazer é feito por nós, Prefeitura e cooperativas.

Ou contamos com o apoio da empresa para atender nossas reivindicações e nos ajude a destinar corretamente as embalagens ou que a Tetra Pak aplique a Logística Reversa e retire seu produto do meio ambiente”, argumenta Afonso.

A empresa tem como estratégia de trabalho para atender o plano de ação no G22 incentivar o trabalho de cooperativas para aumentar a captação de embalagens longa vida , desenvolver iniciativas de comercialização regionais e locais, desenvolver outras empresas recicladoras no Paraná e desenvolver ações de Educação Ambiental entre outros.
PMM