CIDADE

Parque do Ingá deve permanecer fechado até a identificação da causa da morte dos macacos

A Secretaria de Saúde do Estado do Paraná encaminhou a mensagem 55/09, do Departamento de Vigilância e Controle em Agravos Estratégicos (DECA), para a Secretaria de Saúde de Maringá, comunicando que foram feitos exames em 12 macacos, no Instituto Adolpho Lutz e no Instituto de Biologia Molecular do Paraná (IBMP).

Apesar dos exames a causa da morte dos citados animais não foi concluída.

Foram pesquisadas e descartadas as seguintes causas de morte:

Flaviviridae: Dengue, Febre Amarela , vírus Saint Louis , vírus Rocio, Febre do Nilo (já pesquisados) e outro.

Arenaviridae: Coriomeningite Linfocitária, Febre Hemorrágica Boliviana,Febre Hemorrágica Argentina, Febre Hemorrágica Brasileira , Febre Hemorrágica Venezuelana, vírus Sabiá,Ilhéus e outros (já pesquisados nas amostras de um a doze, restam as de treze a dezenove).

Bunyaviridae: Oropouche, viris do grupo C (11), Ponta Toro, Síndrome Pulmonar por Hantavirus e outros (já pesquisados nas amostras de um a doze,restam as de treze a dezenove).

Togaviridae: Encefalites eqüinas: oriental e ocidental vírus Mayaro, encefalite Venezuelana e outros (já pesquisados nas amostras de um a doze,restam as de treze a dezenove).

Picornaviridae: Cardiovirus – Encefalomiocardite, Coxsackie B1 a B5 e outros.

Herpesviridae – Vírus humano tipo 1 e 2 (já pesquisado), Cytomegalovirus, Lymphocryptovirus e outros (já pesquisados nas amostras de um a doze,restam as de treze a dezenove).

Artiviridae – Vírus Hemorrágico Simiam – em fase de pesquisa.

A técnica utilizada para analise das amostras, nos dois laboratórios, foi o RT-PCR em tempo real, consiste na captação do material genético do vírus mediante a utilização de um tipo de “sonda” que irá identificar o gen ou fragmento do mesmo, e estimular a multiplicação transformando um pequeníssimo fragmento em mais de 30 mil cópias, facilitando a sua identificação.

Tal processo necessita que os agentes sejam trabalhados em separado para evitar a contaminação e como conseqüência, um falso resultado.

O processo em si ocorre ao longo de um dia, mas até esgotar a pesquisa dos agentes em todas as amostras recebidas demora.

O ultimo lote de amostras deu entrada no IBMP há sete dias.

Os estudos continuam no IBMP, para encontrar a causa das mortes.

A Secretaria de Saúde do Estado do Paraná informa que está mantendo contatos permanentes com o IBMP, verificando os resultados dos exames, que vão continuar sendo feitos.

Na mesma mensagem, a Secretaria de Estado faz o seguinte alerta: “Até a finalização dos exames recomendamos a manutenção do Parque do Ingá fechado”.

Assinam o documento Mirian Woiski, chefe da DECA; Angela Maron de Mello (CIEVS-PR) e Lineu Roberto da Silva (CIEVS-PR).

Atendendo a esta recomendação o Parque do Ingá permanecerá fechado até a determinação da causa das mortes dos primatas.

Estes estudos devem ser concluídos nos próximos 10 dias.

PMM