O projeto Futuro Hoje implantado no último ano em Maringá oferece oficinas culturais, artísticas e esportivas para cerca de 400 crianças e adolescentes em 13 bairros do município. O trabalho é desenvolvido pelo Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente em parceria com a Prefeitura e tem o objetivo de ocupar o tempo ocioso desta população visando o combate ao uso de drogas.As aulas são realizadas em espaços públicos como salões comunitários, escolas, bibliotecas, praças e centros esportivos e são coordenadas por educadores que atuam nas áreas da cultura, esporte, lazer, arte e comunicação.Para a diretora da Escola Municipal Professora Agmar dos Santos, Aizabete Ruiz Castanheiras, as oficinas são excelentes e muito importantes para os alunos. “Aqui na escola os alunos participam da oficina de Teatro de Bonecos e se mostram muito interessadas.Elas não faltam nas aulas e comentam com os pais, que também são convidados para conhecerem o processo de confecção dos bonecos. Além de aprenderem a arte, as crianças têm a oportunidade de participar de eventos para apresentar a encenação”, comenta a diretora que já solicitou ao projeto mais uma oficina na escola.A ação é mantida com recursos do Fundo da Infância e Adolescência (FIA) e tem apresentado resultados positivos nos bairros onde é desenvolvida. De acordo com a coordenadora do projeto, Cleia Renata Teixeira de Souza, “os familiares dos alunos elogiam a iniciativa e estão mais seguros, sabendo que seus filhos estão participando das aulas.”ResultadosO aluno Gustavo Henrique Lujan, 9, participa da oficina de 'street dance' e disse que gosta muito. “É muito legal, melhor do que ficar em casa sem nada para fazer.”
A adolescente Joice Duncki também participa das aulas desde novembro do ano passado e gosta muito.“Minha tia me falou desse projeto e resolvi participar da aula. Gosto muito de dançar e quero aprender mais sobre o street dance.Os educadores também percebem a evolução das crianças e adolescentes durante as oficinas.“O projeto tem um caráter muito positivo e os alunos estão muito motivados a aprender”, diz o educador de Comunicação Trilíngue, Faber Miquelin. Para o educador de street dance, Marcelo Street, a evolução das crianças na dança é nítida. “A maioria chegou aqui sem entender nada de dança e hoje mostra interesse. Até o raciocínio e a agilidade melhoraram. No começo eram um pouco lentos para aprender os passos e agora estão rápidos e querem aprender novas coreografias.”A moradora do Parque Avenida, Odete Aparecida da Silva, tem dois filhos que participam do projeto. “O Gustavo que tem 8 anos faz capoeira, street dance e futebol e o Lucas de 11, participa da oficina de capoeira.Eles gostam muito e o projeto é excelente para toda a comunidade que não tinha nenhuma atividade”, comenta.As crianças e adolescentes que queiram participar das oficinas podem entrar em contato com o presidente do bairro onde moram ou com a escola municipal mais próxima de sua residência.As oficinas de capoeira, teatro, futebol, atletismo, artes visuais, modelo e manequim, street dance e comunicação trilingue são realizadas nos bairros Parque Avenida, Herman Moraes de Barros, Rebouças, Hortência, Santa Felicidade, Requião, Iguatemi, Vila Esperança, Campos Elíseos, Jardim Universo, Laranjeiras, Ebenezer e Vila Santo Antônio.