CIDADE

Saúde anuncia restrição de acesso ao Parque do Ingá

O superintendente da Vigilância em Saúde da Secretaria de Saúde do Paraná, José Lúcio dos Santos, e o secretário de Saúde de Maringá, Antônio Carlos Nardi, anunciaram nesta quarta-feira (15), a restrição de acesso preventivo ao Parque do Ingá, principal reserva de mata nativa de Maringá.

A decisão foi tomada depois que técnicos do parque encontrarem sete saguis e um macaco prego mortos no interior da mata.

A restrição de acesso vai durar enquanto não se confirmar a causa da morte dos animais.

O secretário de Meio Ambiente de Maringá, Diniz Afonso, disse que os primeiros macacos mortos foram encontrados na quarta-feira da semana passada.

Como o número de casos estava acima da média, a Secretaria e a Regional de Saúde foram acionadas.

Segundo Nardi, foram coletadas amostras de alguns animais, e enviadas para o Instituto Adolfo Lutz, em São Paulo.

“Os resultados devem estar prontos em 20 dias e neste período por precaução decidimos em comum acordo com a Secretaria de Estado da Saúde em restringir o acesso público ao parque”, afirmou.

A médica chefe do Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (Cieves), da Secretaria de Estado da Saúde, Angela Maron, garante não existir motivos para alarme, e que os procedimentos adotados são todos preventivos.

“Pode ser febre amarela ou outra zoonose transmitida do animal para o homem, mas não existe motivo para alarme”, garantiu.

Ela informou que além do Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue e da febre amarela, o Parque do Ingá abriga outras espécies, também transmissoras de doenças.

Medida de proteção

Nardi e Santos adiantam que no momento não é possível falar da existência de doença transmitida aos animais, mas diante da situação é preciso tomar medida de proteção para as pessoas.

O secretario maringaense lembrou que pelo menos 95% da população da cidade está imunizada contra a febre amarela, possível causa das mortes dos macacos.

“Não sabemos a causa exata, mas vamos proteger as pessoas que frequentam o parque, muitos de outras regiões”, explicou.

Ele lembrou ainda que não existe nenhuma notificação de febre amarela na região.

As secretarias de Saúde do Estado e do município também vão acompanhar os animais do interior do Parque do Ingá e de outras reservas de matas nativas na zona urbana.

Segundo Nardi e Santos, as pessoas que frequentam a pista de caminhada em torno do parque ou mesmo os moradores da região não devem se preocupar, já que não existe confirmação de doença ou risco imediato de transmissão.

O Parque do Ingá é a principal reserva de mata nativa de Maringá e a mais visitada entre as abertas ao público.

No total são cerca de 47 hectares, com várias opções para os frequentadores.

Na média o parque é visitado por 3 mil pessoas ao dia nos finais de semana e em torno de 1,5 mil nos demais dias.
Pmm