Nos próximos cinco anos a China pretende reduzir 20% da emissão de gases que causam o efeito estufa e 10% da poluição atmosférica industrial.
Este é um compromisso assumido com a população e a comunidade internacional.
Para isto a China vai intensificar pesquisas, negócios e cooperação na área de biocombustíveis.
A notícia é boa para o Brasil, que está à frente na utilização do álcool como combustível e tem muitas outras pesquisas prontas para utilização de outros biocombustíveis.
O Evento
O MIEC, o Fórum e Exposição para a Cooperação Internacional do Meio Ambiente de Macau, que está sendo realizado em Macau, conta com representantes de mais de 30 países e com o suporte de nove províncias da China Continental, cujos governadores ou vice-governadores estiveram presentes na solenidade de abertura.
A organização é do Governo de Macau através da Secretaria Permanente para a Cooperação Econômica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa, com o patrocínio do Ministério do Meio Ambiente e da Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reformas do Governo Popular da China.
O objetivo é o intercâmbio de experiências e tecnologias voltadas à proteção do meio ambiente tanto de empresas e países estrangeiros como de empresas chinesas que vem trabalhando no tema.
No discurso inaugural do MIECF o Sr. Han Yongwen, Secretário Geral da Comissão Nacional para o Desenvolvimento e Reformas explicou que o país assumiu compromissos com sua população e com o resto do mundo de reduzir as emissões de gases que produzem o efeito estufa em 20% e a poluição atmosférica industrial em 10% dentro dos próximos 5 anos.
Priorizou reformas com investimentos na economia "verde" particularmente no que diz respeito a combustíveis, materiais de construção e reciclagem de produtos e de resíduos.
Querem investir nestas áreas não apenas para melhorar as condições internas da China, mas também para competir e vender estas soluções aperfeiçoadas para o resto do mundo.
O Governo central lidera o processo, define as regras, os índices e os prazos e orienta o setor privado para fazer a sua parte e adequar-se ao que foi estabelecido pelo setor público.
Daí o interesse na experiência do Brasil que é precursor e líder mundial em biocombustíveis e em Maringá por ser uma das mais importantes regiões produtoras de álcool no país.
Paralelamente ao MIECF acontece o Fórum de Pesquisas e Desenvolvimento de Biocombustíveis e Energias Renováveis, no qual o prefeito Silvio Barros e o professor Wilson Matos farão (sexta à tarde aqui, quinta à noite aí) apresentações.
Também farão palestras Cid Caldas, coordenador do Programa Nacional de Álcool e Açúcar do Ministério da Agricultura, e o Secretário do Meio Ambiente de Diadema-SP compartilhando suas experiências com diversos outros expositores chineses e estrangeiros.
Macau
A Região Administrativa Especial de Macau esteve sob um contrato de gestão entre a China e Portugal por mais de 400 anos tendo sido encerrado em 1999, portanto ha dez anos.
Agora sob controle da Republica Popular da China e em fase de transição, o território praticamente dobrou de tamanho e de população, mas o mais importante é que recebeu investimentos extraordinários tanto do governo como do setor privado.
Seus quase 500 mil habitantes tem a renda per capita mais alta da China com 23 mil dólares anuais.
A base da economia é turismo concentrado principalmente em Eventos e Cassinos.
Considerando que Macau é uma ilha, dobrar de tamanho significa que o governo promoveu a criação de novos territórios através de aterros em pleno mar.
Na política de desenvolvimento econômico da China (que é um país comunista) o governo decidiu aproveitar os processos de transição de Hong Kong e Macau para estabelecer mecanismos piloto de cooperação tecnológica, comercial e empresarial que depois serão incorporados ao restante do território.
Neste contexto se realiza pela segunda vez o MIECF - Fórum e Exposição para a Cooperação Internacional do Meio Ambiente de Macau.