A Secretaria de Saúde ampliou a mobilização contra o mosquito transmissor da dengue depois de constatar o crescimento do número de focos. Na sexta-feira (06), a Vigilância Ambiental reuniu imobiliaristas para alertar sobre focos do Aedes aegypti em imóveis disponíveis para venda e locação. “Uma lei municipal responsabiliza as imobiliárias pela manutenção destes imóveis, e as empresas devem observar e eliminar os focos do mosquito”, alerta o secretário de Saúde de Maringá, Antônio Carlos Nardi.O delegado regional do Sindicato da Habitação e Condomínios (Sicovi), Junzi Shimauti, comentou que o setor é um parceiro da Prefeitura na luta contra a dengue. “É obrigação de todo cidadão estar atento contra o mosquito da dengue, e nós como imobiliaristas somos responsáveis por nossas casas e também por administrar os imóveis fechados. Estamos novamente aderindo a campanha e nos comprometendo a ajudar no que nos cabe, como por exemplo verificar sempre os imóveis e fazer a manutenção desses locais”.Na segunda-feira (09), serão duas ações: o início da campanha 'Volta às aulas sem dengue', e reunião do Comitê Municipal de Combate à Dengue. A Secretaria da Educação dará início à campanha na Escola Municipal Osvaldo Cruz – Centro, com ações programadas para as 10 horas. O objetivo é conscientizar os mais de 25 mil alunos da Educação Infantil, Ensino Fundamental e do programa Educação de Jovens e Adultos. Os estudantes vão receber orientação de como evitar a proliferação do mosquito e onde está a maioria dos focos.Os integrantes do Comitê Municipal, que reúne 15 entidades, empresas públicas e privadas, clubes de serviços e igrejas, vão ser orientados como intensificar o trabalho nos bairros mais críticos. O encontro será às 14 horas. “Com o índice de focos em mãos podemos direcionar o combate ao mosquito de forma mais intensa nas áreas mais críticas”, explica Nardi.
O secretário ressalta que as pessoas que participam do Comitê já realizam um trabalho intenso durante todo o ano.A preocupação maior é com os bairros que apresentaram índices elevados de focos do mosquito, como o Léa Leal, Morangueira e Alvorada III, onde o larvas foram encontradas em 4,4% dos imóveis.Ou ainda as regiões do Cidade Nova, Cidade Jardim, Monte Rei, Real e Mandacaru com 3,2% de focos. Muitos bairros, alerta o secretário Antônio Carlos Nardi, estão com índices elevados, acima de 1%, nível considerado seguro pela Organização Mundial da Saúde (OMS).O alerta serve também para as regiões do Posto Duzentão, Parque das Grevíleas, Parque Eldorado, Jd Quebec, Parque das Bandeiras e Conj.Hermman Moraes de Barros, com infestação em 2,9% dos imóveis; Jd América, Conj. Parigot de Souza, Res. Karina, Conj. Requião, Jd Patricia e Jd Paulista, com 2,2%; São Domingos, Santa Terezinha e Iguatemi com 2%; Zona 4 e Zona 7 com 1,9%; Jd Alvorada, Jd Alvorada I, Jd Alvorada II e Jardim Ebenezer com 1,8%; Cemitério e Parque da Gávea com 1,4%; Champagnat, Branca Vieira, João Paulino, Oásis e Pinheiros com 1,3%; Cocamar, Itaipú, Borba Gato, São Clemente, Floriano, Subestação da Copel, Operária e Zona 8 com 1,3%; e Ney Braga, Hortência, Coca Cola e Montreal com 1,1%. Os demais bairros, alerta Nardi, estão com índices abaixo de 1%, mas os moradores devem manter o alerta contra o mosquito.Outra preocupação da Secretaria da Saúde é com o número de casos confirmados, que já chegaram a cinco apenas nos primeiros 30 dias de 2009. Três casos são “importados”, com moradores de Maringá que viajaram para áreas de risco e voltaram com o vírus. Dois casos são “locais”, quando o morador contraiu a doença na cidade.Um dos casos confirmados foi na Vila Morangueira e o outro do Jardim Seminário.Nardi lembra que com as chuvas mais regulares e as temperaturas elevadas, os moradores devem manter a vigilância para eliminar qualquer ponto de água parada. O secretário revela que o levantamento de índice apontou os pratos de vasos, lixos e outros resíduos abandonados em quintais e terrenos baldios, e reservatórios de água locais de maior ocorrência de focos.Todos, de acordo com o secretário, são alvo dos 155 agentes ambientais, 11 agentes da Funasa e os mais de 360 agentes comunitários.“Mesmo nos finais de semana nossos agentes estão nos bairros orientando as pessoas, que precisam criar o hábito de eliminar água parada onde quer que seja”, apela Nardi.