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Maringaense morre em aeroporto de Paris por causas desconhecidas

Depois de passar mal no aeroporto de Paris, o maringaense Oscar Kodama, de 28 anos, morreu no último domingo (31/8) de causas ainda não esclarecidas. A família só foi informada na segunda-feira. O brasileiro fazia uma escala na França e rumava para o Japão, onde trabalharia em uma empreiteira.

A polícia francesa informou à família de Kodama, nesta terça-feira, que ele pode ter sido vítima de embolia pulmonar, mas ainda não há um laudo oficial. A família diz que Kodama tinha uma deficiência na glândula supra-renal, mas estava medicado e com boa saúde.

Kodama embarcou na noite de sexta-feira em Londrina e chegou a Paris no sábado. Ao fazer a conexão em um vôo da companhia japonesa All Nippon Airways, Kodama começou a passar mal no avião e começado a vomitar. Segundo o jornal “Zero Hora”, o comandante do vôo não decolou para que o brasileiro fosse retirado da aeronave e atendido.

Kodama então foi levado para o serviço médico do aeroporto, onde passou a noite de sábado. Tentou embarcar novamente no domingo, mas passou mal outra vez e, como os funcionários da companhia consideraram seu comportamento inadequado, chamaram a polícia, disse o jornal. Após ser algemado e interrogado, ele teria sido enviado para um hospital em Paris, onde já teria chegado sem vida.

Sem informações

“Meu filho morreu e ninguém ligou para mim. As companhias aéreas nem deram satisfação”, desabafou Katsuhiko Kodama, pai de Oscar à TV Paranaense. De oficial, a família só recebeu um comunicado do Itamaraty, dizendo que o Tribunal de Grande Instância de Paris determinara imediata abertura de inquérito.

“Ele não recebeu atendimento adequado a tempo. Não sabemos quanto tempo ele ficou sendo interrogado pela polícia sem ser atendimento por um médico”, reclamou Gustavo, irmão da vítima. “Fomos atrás do Consulado Brasileiro em Paris em busca de novas informações sobre o paradeiro do Oscar, mas a resposta só veio na segunda-feira, quando soubemos que ele morreu”.

Vagner Kodama, outro irmão, vai até Paris para acompanhar o trâmite para liberação do corpo. A previsão que deram à família é de que o corpo leve de sete a 40 dias para ser liberado. Segundo Gustavo, uma pesquisa rápida feita pela família apontou que seriam necessários entre R$ 40 mil e R$ 50 mil para o deslocamento do corpo até Maringá.
Globo.Com