MEIO AMBIENTE

Acadêmicos da USP conhecem arborização de Maringá

Estudantes da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, da Universidade de São Paulo (Esalq/USP), conheceram nesta segunda-feira (30), o gerenciamento da arborização de Maringá.

Acadêmicos da USP conhecem arborização de Maringá
- Foto: André Renato / PMM

O histórico, o manejo e o Plano Diretor da Arborização é a base de um dos trabalhos de final de semestre para os alunos dos cursos de gestão ambiental e engenharia florestal da instituição. A Esalq é uma das principais faculdades de ciências agrárias e ambientais do Brasil.

“Escolhemos Maringá porque a cidade é um exemplo de cobertura arbórea em vias e praças públicas”, disse o professor Demóstenes Ferreira da Silva Filho, da disciplina de silvicultura urbana. Ele lembra que poucas cidades do Brasil tem a arborização igual a Maringá, levando em conta o volume, a diversidade e o manejo das árvores.

A visita começou pelo viveiro, de onde saem as mudas adultas de todas as espécies para recomposição e novos projetos de arborização. Depois os acadêmicos foram para as ruas, conhecer cada detalhe e realizar algumas avaliações das árvores de várias idades. “Queremos mostrar aos alunos a importância da arborização em uma cidade como Maringá e as dificuldades em manter a saúde das árvores”, disse o professor.

O engenheiro florestal da Secretaria do Meio Ambiente e Agricultura, Ciro Farhat, acompanhou a visita, mostrando a estrutura disponibilizada pelo município apenas para manter a arborização. “É importante os estudantes conhecerem a realidade da arborização de uma cidade como Maringá, onde existem muitas árvores em locais públicos e dificuldades na mesma proporção”, observa.

Segundo Farhat, o município só passou a se preocupar com um plano de arborização a partir do momento que começaram a aparecer os problemas. O esforço gerou o Plano Diretor de Arborização, que vem inclusive servindo de exemplo para outros municípios. “Não se trata de uma exigência legal, mas o plano é um instrumento que atende as necessidades e cobranças em cima de um manejo adequado”, diz.

O plano define a legislação e as atribuições do município referente ao manejo, remoção, plantio, espécies e outras questões relacionadas à arborização urbana. Com o Plano Diretor, muitos problemas verificados não apenas em Maringá, podem ser evitados. Um dos pontos, revela Farhat, é o plantio de espécies adequadas. “Acaba com o plantio de espécies do gosto do morador ou do prefeito, o que evita muitos problemas no futuro”, afirma.

Outro problema comum na arborização urbana é o uso de mudas sem qualidade, o que será eliminado com a aplicação do Plano Diretor. O documento defende a criação de um selo de qualidade para as mudas utilizadas na arborização de Maringá, garantindo a sanidade das árvores. “É importante fechar a disciplina com exemplos práticos de tudo que os alunos aprenderam em sala de aula durante o semestre”, disse o professor da Esalq.

PMM