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Prefeito Silvio Barros busca solução conjunta para o lixão

Segundo o prefeito, a solução para o problema passa pela conscientização da população sobre a separação do lixo e pela profissionalização dos trabalhadores.

Prefeito Silvio Barros busca solução conjunta para o lixão

Com o objetivo de buscar uma solução conjunta para o problema do lixão de Maringá, o prefeito Silvio Barros visitou o local nesta quinta-feira(14) e conversou com representantes dos 130 catadores de lixo reciclável, que permanecem trabalhando ali.

Nesta semana o prefeito Silvio Barros esteve em Curitiba e conseguiu suspender as duas multas aplicadas pelo IAP (Instituto Ambiental do Paraná), que somam R$ 370 mil. O prefeito alertou que caso o problema do lixão não seja resolvido a Prefeitura voltará a ser notificada e multada.

O problema se agravou quando a Promotoria de Defesa do Meio Ambiente fez uma vistoria no lixão de Maringá e constatou que pessoas estavam trabalhando no local, fato que originou a uma das multas. A outra se referem à não implantação do aterro sanitário, obra que vem sendo cobrada há cerca de 3 anos.

O chefe do executivo disse que é preferível, ao invés de pagar multas, investir na organização das pessoas que trabalham em condição de risco. "Hoje estão aqui (no lixão) é porque não encontraram outra opção de renda no mercado de trabalho”. Ele afirmou ainda que a Prefeitura vai iniciar um trabalho forte de conscientização da população, que está descartando para o lixão de Maringá coisas de valor para a indústria da reciclagem, além de melhorar a estrutura da coleta seletiva.

Ainda sobre a organização trabalhadores do lixão, Silvio Barros citou como exemplo um programa do Governo do Estado chamado "Paraná Rodando Limpo", que repassa para cada 100 catadores organizados uma prensa, 15 carrinhos e ainda paga um gerente para a Cooperativa. “Queremos ajudar vocês e dar condições de terem renda sem precisar vir para o lixão”.

Cooperativas reivindicam recursos

Durante a visita que fez ontem aos catadores independentes do lixão, o prefeito Silvio Barros também conversou o representante das cooperativas de catadores de lixo reciclável de Maringá, José Aparecido Montelo, o “China”, que reclamou do corte de 40% na verba repassada pela Prefeitura para pagamento de aluguéis, água e luz das organizações. Segundo ele, a verba caiu de R$ 132 mil para R$ 64 mil no ano passado, o que estaria inviabilizando algumas cooperativas.

Silvio Barros disse ao dirigente “que o mais importante que o repasse de verbas por parte do pode público é a tratar as cooperativas profissionalmente, para não gerar esta dependência”. Sobre a coleta seletiva, o prefeito observou que “não não deve ser problema , mas sim a solução , porque o lixo deve ser tratado como ativo e não como passivo”. Para se ter uma idéia do que afirma o prefeito, os catadores independentes de Maringá garantem que cerca de 80% do material que vai parar no lixão de Maringá é reciclável.

PMM