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Japoneses conhecem pesquisa do milho safrinha com braquiária

O consórcio milho safrinha com braquiária como alternativa para a formação de palhada para o plantio direto de soja, que tem conquistado produtores rurais da região de Maringá, foi conhecida nesta semana por representantes do Japan International Research Center for Agricultural Sciences (Jircas), instituto ligado ao governo japonês que fomenta o desenvolvimento da agricultura no Brasil.

Durante uma semana, os técnicos japoneses conheceram áreas experimentais do consórcio mantidas pela Cooperativa Agropecuária de Maringá (Cocamar) nos municípios de Maria Helena e Paranapoema.

O consórcio consiste no plantio de milho intercalado com braquiária ao final da colheita da soja, geralmente em abril ou maio. Em agosto, o milho é colhido e, um mês depois, o capim é dessecado, formando a massa orgânica sobre o solo que receberá as sementes de soja em outubro.

Essa tecnologia, segundo o coordenador técnico de grãos da Cocamar, agrônomo Antônio Sacoman, além de enriquecer o solo com material orgânico, mantém a umidade do solo por mais tempo.

A idéia está conquistando os produtores rurais da região e na atual safra, aproximadamente, sete mil hectares foram plantados com o consórcio milho safrinha-braquiária. "A área só não é maior porque faltou semente de braquiária no mercado", diz Sacoman.

Os japoneses quiseram conhecer todos os detalhes do consórcio e, mesmo à distância, querem acompanhar os resultados.

O pesquisador Sérgio Luiz Gonçalves, da Embrapa Soja, parceira da Cocamar na pesquisa, esclareceu que "diante do que os técnicos encontram, o Jircas pode renovar ou não sua parceria com a Embrapa para continuar fornecendo tecnologia de ponta desenvolvida no Japão e equipamentos de pesquisa".

O técnico Katsuhisa Shimoda, que fotografou plantações e anotou informações técnicas repassadas por Sérgio Gonçalves e Sacoman, declarou que para o Japão é importante manter a parceria com o Brasil em projetos de pesquisas para melhorar a produção, já que boa parte da soja consumida no país é produzida no Brasil. O Japão importa cerca de 95% da soja que consome.

ACIM