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Acesso a internet por rede elétrica será testado no PR

A Copel começa, nos próximos meses, instalação e teste de equipamentos que permitirão a um domicílio ter acesso, em banda extralarga, à internet e a serviços de telecomunicações, utilizando a fiação de energia elétrica como caminho. O objetivo é avaliar, em situação normal de uso, o comportamento e o desempenho de equipamentos de última geração na tecnologia PLC – iniciais de powerline communications, ou comunicação por linhas elétricas.

Os testes serão conduzidos pela Superintendência de Telecomunicações da Copel, numa cidade paranaense ainda a ser definida, com a participação de 300 usuários de diferentes perfis (residências, estabelecimentos comerciais e de serviços), que durante um ano irão usar o PLC. Essa tecnologia transforma a rede elétrica do domicílio numa rede de dados, fazendo das tomadas de energia portas de entrada para serviços como telefonia, conexão com internet e TV a cabo.

O desempenho do sistema será monitorado e avaliado permanentemente pela Copel, que investirá R$ 1 milhão na compra dos equipamentos necessários. "Pretendemos abrir licitação para aquisição dos equipamentos até 10 de março", adianta Orlando César de Oliveira, coordenador do projeto. "A idéia é testar a confiabilidade, qualidade, estabilidade e desempenho dessa tecnologia e, ao mesmo tempo, detectar e dimensionar as adaptações necessárias na rede elétrica existente para adequá-la da melhor maneira a essa nova aplicação."

Segundo informações do coordenador, existem no mundo quase cem indústrias fabricantes de equipamentos com a tecnologia PLC para redes de acesso e de dados. "Há mais de 700 empresas envolvidas com o aprimoramento da tecnologia ou que já comercializam serviços de acesso via PLC, fazendo da fiação elétrica interna do domicílio e dos condutores que percorrem as ruas o meio físico para conexão de serviços de voz e dados", observa Orlando Oliveira.

De acordo com informações da Agência Estadual de Notícias, o sistema PLC já é realidade em mais de 40 países e vem sendo explorado comercialmente em pelo menos 20 deles.

Bondenews