GERAL

A espera de um milagre

Os leões, pumas, macacos prego, sagüis que atualmente vivem no Parque do Ingá não estão nos padrões do IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis).

A espera de um milagre

Eles vivem em jaulas em torno de 50 m² que são muito pequenas, as casas dentro das jaulas quase não abrigam os animais que chegaram pequenos. Para os padrões atuais o tamanho mínimo das jaulas estabelecido pelo IBAMA para que os leões possam viver, é de aproximadamente 1000 m², segundo o gerente administrativo, Mauro Nani. Com esse espaço o animal consegue reproduzir. Cada animal apresenta condições diferentes para seu habitat, o leão é um deles, ou seja, pumas, sagüis, precisam de uma outra estrutura para poder viver e procriar, e o zoológico do Parque do Ingá não oferece esta estrutura aos animais. Eles chegaram ao parque através de doações de outros zoológicos como o casal de leão que foram doados pelo Zoológico Municipal de São Paulo ou de apreensões feita pelo IBAMA como os sagüis “Eles não podem ser soltos porque a introdução deles com outros sagüis que vivem aqui poderia levá-los a morte” explica Mauro Nani.

Quando inaugurou o Parque do Ingá em setembro de 1971, com uma área de conservação florestal de 47,3 hectares, animais como jacaré, gato maracajá, gato mourisco, jaguatirica, casal de mão pelada (mamífero da família do coati), cachorra do mato, ganso, sagüi, teiú (lagartos que aparecem em setembro, época do acasalamento), gambá, quatis, leões, puma, macacos prego e sagüi, araras, tucanos, papagaios, moravam no parque. Com o passar do tempo o parque se tornou uma unidade de conservação protegida por lei, não podendo derrubar a mata. Com isso os animais foram destinados a serem retirados pela equipe do plano de manejo (Documento que rege o Parque do Ingá). “Essa equipe decidiu pela saída do zoológico por causa dos recintos que vivem os animais que está fora dos padrões do IBAMA”, fala Mauro.

Os animais que pertencem à família dos psitacídeos como as araras, tucanos, papagaios já foram embora do parque. Leões, pumas, macacos, sagüis ainda esperam um destino que depende da autorização do IBAMA. Nani acredita que tudo estará resolvido no prazo de 90 dias.

Liziane Neu