Tráfego de veículos na Avenida Tuiuti fica livre do trem

Eram 10h20 da manhã de domingo, dia 27, quando um trem composto por duas locomotivas e 42 vagões passou pela primeira vez por baixo das duas pistas do viaduto da Avenida Tuiuti.

O momento histórico para a cidade marcava o fim dos transtornos e riscos de acidentes que as antigas manobras ferroviárias, com passagem em nível, provocavam para motoristas e pedestres que se utilizam da avenida para acessar ou retornar do centro da cidade.

Encostados na proteção metálica lateral da calçada para pedestres, populares e autoridades acompanhavam a passagem do trem e enumeravam os benefícios que o Viaduto da Tuiuti traz para a comunidade.

“Não são apenas os motoristas e pedestres que saem ganhando com esta obra e sim toda a cidade, pois a construção do viaduto e o trabalho de rebaixamento da linha férrea sinalizam que o transporte ferroviário ainda terá muita importância no futuro de Maringá”, comentou o servidor público aposentado José Aparecido Borges.

Para o prefeito de Maringá, Silvio Barros, o complexo de obras do projeto Novo Centro representa a evolução da cidade em busca de uma convivência harmoniosa com os meios de transporte rodoviários e ferroviários. “Importante é destacar o empenho de nossa administração nesse processo, pois, a maior parte dos recursos vem do Governo Federal e Maringá contribui com recursos próprios superiores a R$ 10 milhões como contrapartida para a execução dessas obras”, explicou. O prefeito acrescentou também que “um fato fundamental para viabilizar os recursos do Governo Federal é que o município está em dia com as certidões e se destaca pela gestão fiscal responsável”, disse.

Além do prefeito Silvio Barros e populares, a passagem do primeiro trem sob o Viaduto da Tuiuti foi acompanhada, entre outras autoridades, pelo senador Álvaro Dias, o reitor do Cesumar e suplente de senador Wilson de Matos Silva, o deputado federal Ricardo Barros, vereadores, secretários municipais, representantes da empresa de engenharia que executa a obra e da América Latina Logística (ALL), empresa operadora do sistema de transporte ferroviário.

Momentos antes da passagem do trem houve a disputa de uma gincana cultural e de uma prova pedestre que reuniu cerca de 300 participantes inscritos.

A “Corrida Cross Country do Túnel” foi promovida pela Rádio Maringá FM com a finalidade de incentivar as pessoas a conhecerem melhor a cidade.

Rebaixamento prossegueCom a liberação da ferrovia sob o Viaduto da Tuiuti, para esta semana está previsto o início da retirada dos trilhos da linha que atualmente cruza a avenida em mesmo nível.

A ação permitirá também que o rebaixamento do leito ferroviário e a construção do muro lateral possam ser iniciados no lado sul do talude.

Os dois muros laterais darão sustentação às pistas norte e sul do prolongamento da Avenida Horácio Raccanello Filho, que passará a integrar a futura Supervia Leste-Oeste.

O viaduto da Avenida Tuiuti constitui-se no primeiro de quatro viadutos a serem construídos no trajeto de 1.860 metros entre as avenidas Tuiuti e Pedro Taques. Os outros três viadutos sobre a ferrovia estão previstos para a confluência das avenidas Gaspar Ricardo, Monlevade e Rebouças.

A iniciativa possibilitará a ligação das avenidas paralelas, Colombo e Mauá, localizadas respectivamente nos setores norte e sul da cidade e hoje separadas pela linha férrea.

Dividido em duas pistas – leste e oeste – o Viaduto da Tuiuti mede 22,12 metros de extensão e cada uma das pistas tem 14,40 metros, incluindo as calçadas laterais para passagem de pedestres.

A obra é sustentada por 48 pilares de concreto, cada um deles com nove metros de altura em relação ao nível de rebaixamento da ferrovia e fixado a uma profundidade de oito metros.

Serviço:

Mais informações: 3221-1503 (Urbamar)