GERAL

Cidade não enfrenta risco de contaminação de Febre Amarela

“Não há risco de contaminação e transmissão da doença em Maringá e em todo o Paraná”. Com essa frase os secretários da Saúde do Paraná, Gilberto Berguio Martin e de Maringá, Antonio Carlos Nardi, iniciaram a coletiva de imprensa, realizada na sede da Secretaria da Saúde, quando deram informações sobre Febre Amarela. O chefe da 15a. Regional de Saúde, Dr. Antonio Carlos Pupulin, também participou da coletiva.

A confirmação da morte do bancário Almir Rodrigues da Cunha por Febre Amarela gerou preocupação na população maringaense, porém os secretários afirmam que o Estado está livre da doença. “O óbito do bancário ocorreu em Maringá, no entanto ele contraiu a doença em Caldas Novas, no estado de Goiás, e ficou hospitalizado até seu óbito em Maringá. Assim que ficamos sabendo de sua internação com indícios da doença fizemos um bloqueio e varredura completa num raio de 500 metros de sua residência destruindo todos possíveis focos do mosquito Aedes aegypti – mesmo transmissor da dengue e Febre Amarela. Não temos nenhum motivo para preocupação”, enfatiza Nardi.

O secretário de Saúde do Estado tranqüiliza a população e explica que desde de 1942 o Paraná não registra caso de Febre Amarela urbana. “Há um grande equivoco em dizer que podemos ter uma epidemia, nossa grande epidemia hoje é a falta de informação correta. A população precisa entender que não há motivo para alarde já que não registramos nenhum caso no Paraná. Está havendo uma correria em busca da vacina que é anormal e pode ser prejudicial, uma vez que a dose tem validade por dez anos e muita gente já imunizada procura os postos e quer receber a vacina novamente. Devemos deixar claro que tomar outra dose da vacina sem que a primeira tenha vencido não vai aumentar a proteção de ninguém. O que pode acontecer é trazer riscos de reação à vacina e nosso estoque ficar prejudicado para quem realmente precisa, que é em primeiro lugar as pessoas que vão viajar para os estados de Minas Gerais e Goiás e depois quem foi imunizado há mais de 10 anos”, informa Martin.

Um levantamento da Secretaria Municipal da Saúde aponta que a cidade está com 98% de cobertura através da vacina. “A imunização contra a Febre Amarela faz parte do nosso calendário básico de vacinação. Desde quando houve a primeira divulgação de um possível caso da doença no Brasil já aplicamos na cidade mais de 5.5 mil doses, o que representa uma grande preocupação por parte da população que deve ficar tranqüila já que não há risco”, pondera o secretário municipal.

No Brasil em oito anos foram registrados 349 óbitos causados pela doença. “Por isso não podemos dizer que está havendo uma epidemia de Febre Amarela já que para ser considerada epidemia devemos ter 300 casos para 100 mil habitantes e, no momento, temos apenas cinco casos para todo o Brasil”, diz Nardi.

Aedes aegypti: Cuidado rebobrado

O grande vilão da Febre Amarela é o mesmo da dengue, ou seja o mosquito Aedes aegypti, responsável por transmitir as duas doenças. Porém, se o mosquito é o responsável pela transmissão das doenças e se 90% dos focos encontrados estão dentro de residências significa que a população deve redobrar os cuidados com objetos que possam acumular água.

O secretário estadual é enfático. “Nossa maior preocupação ainda é a dengue. A população precisa lembrar que o risco da Febre Amarela é o mosquito Aedes aegypti e que a garantia para não contrair a doença é afastar o mosquito. Os principais soldados dessa luta são as pessoas que devem ter como inimigo o Aedes, para isso basta não deixar água parada”, diz Martin.

Nardi finaliza pedindo a população que não abandone os cuidados com a dengue. “Sofremos muito com a doença no ano passado e temos feito um trabalho contínuo de combate à dengue. Por isso precisamos que a população se conscientize que a única forma de combater a Febre Amarela é a mesma de evitar a dengue, ou seja eliminar os focos do mosquito.

PMM