ENTRETENIMENTO

Diário do TIM Festival 2007

Muito antes da confirmação começam os rumores de um dos grandes festivais da América Latina.

Diário do TIM Festival 2007
- Foto: Maringá.Com

Bandas surgem no boca a boca, sem confirmação real. Quase dois meses antes do show os primeiros nomes começam a surgir nos jornais e internet. Pouco a pouco os produtores fazem a revelação de quem realmente vem tocar no TIM Festival.

Serão 7 dias de muito som entre as cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Vitória e Curitiba. Esta última, a capital paranaense, onde começa nossa história.

Dia 11 de outubro recebemos uma ligação de que estávamos credenciados para ir à Pedreira Paulo Leminski, para cobrir os shows de: Hot Chip, Björk, Arctic Monkeys e The Killers, no dia 31 de outubro.

No dia do evento, as previsões meteorológicas apontavam para chuva, e para nossa sorte e também de todo mundo que foi assistir, não choveu. As primeiras estrelas começaram a surgir e um fila kilometrica se formava na parte externa do local.

A primeira banda a se apresentar foi o Hot Chip que iniciou sua apresentação sem atrasos. Formada em Londres em 2000, a banda rompe com o formato tradicional de baixo, bateria, guitarra e vocal. O resultado amplia as possibilidades de novas combinações entre eletrônico e acústico. Pouca gente conhecia a banda e grande parte do público ainda estava na fila.

Björk, uma das grandes estrelas da noite, iniciou seu show pontualmente às 20h30. A noite começava a esquentar dentro da Pedreira. Em turnê, a cantora islandesa lança seu sexto álbum “Volta”, no Brasil pela Universal. Sugere um retorno às raízes musicais da cantora, mas com um olhar direcionado ao futuro. Uma cantora que está sempre crescendo, sempre com apresentações futuristas, a cantora “se joga de cabeça” em seus álbuns. A excêntrica Björk acompanhada de dois tecladistas, um percussionista, um piloto de laptop, um coro feminino de tubistas e trompitas chamado Icelandic Wonderbrass, subiu ao palco e esbanjou esquisitice, charme e sonoridade. Começando com uma faixa tirada de seu novo disco “Volta”, “Earth Intruders”, que levantou o pessoal do festival, seguindo depois com “Hunter” e “Pagan Poetry”. A islandesa mostrou um figurino diferente, mas temático. O seu show cheio de cores, fizeram sem dúvida, uma das cantoras mais esperadas que o TIM trouxe para tocar. Uma apresentação, que mesmo para quem não gosta da cantora, em algum momento ficou atento à bela performance da islandesa, com uma voz triste que soa quase angelical, não deixou nada a desejar. A cantora agradecia o público, a cada final de música, com um “opricato” e finalizou o espetáculo às 21h15 com direito a bis.

Arctic Monkeys, banda que se tornou conhecida pela internet com pouco tempo de carreira, iniciou o show as 22h21, com um pequeno atraso do que estava previsto. Formado nos subúrbios de Sheffiel na Inglaterra em 2002, os roqueiros misturam indie rock e pós-punk. Um dos shows mais esperados pelo público adolescente, que na platéia fazia referência aos seus ídolos com bexigas, máscaras de macacos e até uma bandeira da Inglaterra. Estes fãs os recepcionaram calorosamente cantando em uma só voz. Rostos suados, lágrimas, braços erguidos se misturavam à guitarra pesada de Alex Tuner(vocalista).
A paulista Ana Carolina, 31 anos, veio especialmente para vê-los. “Eu queria muito ver o Arctic, não me importei de viajar, o importante para mim era assistir o show.” Finaliza a fã satisfeita.
Fernanda Souza também foi ao TIM para assistir Arctic Monkeys e The Killers, uma curitibana que sabia todos os passos das bandas: “Sei que eles estão hospedados no Hotel Pestana. Cheguei aqui às 6h só para poder ficar pertinho deles, fala a menina de 16 anos que cantou todas as músicas. Após a apresentação o Arctic Monkeys não voltou para o bis, para decepção dos seus fãs.

A banda americana The Killers entrou no palco em estilo grandioso e já mostrando como seria o restante do show, cheio de efeitos e tendendo para o espetáculo e glamour. Eles se tornaram conhecidos através das faixas musicais “Somebody Told Me”, "Mr. Brightside” "Smile Like You Mean It" e "When You Were Young". Rock alternativo influenciado pelos anos 80, soma mais de oito milhões de cópias vendidas entre seus dois álbuns: "Hot Fuss" (2004) e "Sam's Town" (2006) que também era o nome do show apresentado no TIM. Última banda que entrou no palco às 00h34, levantou a galera com seus hits que formaram um grande coro na platéia. Com um palco com luzes em formato de árvores e flores, Brandon Flowers, se apresentou no seu melhor estilo. Para Emerson, 23 anos, que veio de Maringá: “Vim principalmente para ver o The Killers. Eles vieram de Las Vegas e fazem um show bem ao estilo Las Vegas.”

Com certeza um dos melhores shows vistos por quem realmente queria muito ir ao TIM Festival. O evento comemorou sua 5ª edição com muito estilo e personalidade, trazendo o Lado B da música com muita versatilidade.
Resultado: a Pedreira Paulo Leminski tão cheio de pessoas como poucas vezes se viu na sua história.

Liziane Neu