ENTRETENIMENTO

Os Autoramas seguem velozes nas ruas da cidade canção

A semana é das crianças e o nome sugestivo da Banda Autoramas, mais parece uma comemoração pós dia 12 de outubro. O brinquedo autorama foi inventado na Inglaterra em 1956. O Brasil só começou a andar na pista de 48 metros de comprimento em 1963. O brinquedo se tornou uma febre. Dez em cada dez crianças tinham o autorama.

A banda Autoramas surgiu em 1998 com formação de Gabriel Thomaz (guitarrista e vocalista), Bacalhau (baterista) e Simone (baixista). Os três se juntaram e a banda lançou seu primeiro CD em 2000 com o “Stress, Depressão & Síndrome do Pânico”, em que “Fale Mal de Mim” foi um dos singles que mais tocou nas rádios e televisão com programas musicais. Logo depois vieram "Vida Real", em 2001, "Nada Pode Parar os Autoramas", em 2003 e “Teletransporte”, em 2007.

A banda mistura jovem guarda, punk, surf music com letras alegres. O resultado é um som dançante com refrões bem humorados e fáceis de decorar.

Os Autoramas seguem com turnês pelo Brasil e fora dele. Neste fim de semana eles farão uma apresentação no Tribo´s Bar. Quem traz a banda para tocar é o Sonic Flower Club. Em entrevista para o Maringá.Com, Gabriel Thomas fala um pouco de como formou a banda, entre outras coisas, confira.

MC- Quando e como vocês se conheceram?

A-Eu e Bacalhau já nos conhecíamos bem antes de formar o Autoramas. Na época, eu tocava no Little Quail e ele no Planet Hemp. Conhecemos a Selma num show em Caçapava lá por 2000 ou 2001.

MC- Quando a banda foi formada?

A-Nosso primeiro show foi no dia 8 de março de 1998.

MC- Como definem o cenário musical brasileiro atualmente?

A- Muitíssimo variado. Isso para o público é ótimo, pois tem como escolher entre milhares de gêneros musicais.

MC- Algum fato engraçado que aconteceu durante alguma turnê de vocês?

A- Nossas viagens são quase umas comédias-pastelão, sempre rola alguma coisa engraçada. Adoro a história de um show nosso na Argentina, que começou a rolar uma guerra de cerveja na platéia, incitada por nós, e os seguranças queriam evitar confusão, mas não conseguiam se manter em pé por causa do chão molhado. As pessoas não paravam de gritar e jogar cerveja umas nas outras mesmo depois que o show acabou. Nesse dia botei cabeça no travesseiro com a sensação de missão cumprida.

MC- Qual o maior público que vocês tocaram e como foi?

A- Já tocamos em grandes festivais como o Rock In Rio III e A Fiesta de La X, no Uruguai, com quase 100 mil pessoas presentes em cada um deles.

MC- Qual a diferença de tocar no Brasil e fora do País?

A- Cada país é diferente, tem suas características. Tocar fora do Brasil traz grande satisfação, é um sonho que todas as bandas tem. Cada país novo que visitamos é uma nova sensação.

MC- O que acham sobre a pirataria de CDs e DVDs no Brasil?

A- Acho normal compartilhar músicas na internet, não vejo mal nisso, é igualzinho quando as pessoas gravavam fitas K7 dos discos dos amigos. Mas vender cd pirata nas ruas é crime, quem faz isso merecia estar na cadeia. Não posso apoiar quem faz dinheiro com o trabalho dos outros.

MC- Quais as principais influências da banda?

A- Muitas: a Jovem Guarda, a Surf Music, a New Wave, o Punk Rock e garageiras em geral...

MC- O que estão ouvindo atualmente?

A- Eu tenho ouvido muito Rock português: Adoro o Legendary Tiger Man e bandas dos anos 80 como Salada de Frutas e UHF.

MC- Qual o momento mais marcante da banda de vocês que merece ser falado?

A- Tivemos muitos momentos marcantes: ter sido a banda mais premiada no VMB, Fazer turnês fora do Brasil, dividir palco com nossos ídolos...

MC- Por quê Autoramas?

A- É um nome muito bom que remete a duas coisas que adoramos: Velocidade e diversão.

MC- Planos para o futuro?

A- Muitos shows, muitas turnês...

MC- O que espera do show aqui em Maringá?

A- Já tocamos várias vezes em Maringá e gostamos muito da cidade, sempre é muito legal tocar aí. Vai ser RRRRRRRRROCK !

Liziane Neu