O quarteto que não é Fantástico, mas até que poderia ser: Donida (guitarrista), Jonas (bateria), Jimmy (voz) e China (baixo) saíram dos quadrinhos para os palcos e dos palcos para os quadrinhos. Banda carioca, que surgiu em 2001, com o disco “Santa Madre Cassino” vem construindo uma carreira sólida com insultos, gritos e reclamações, com muito bom humor, regado a bebidas, mulheres e culto ao Satan.O grupo se inspirou no country triste do Johnny Cash. O Matanza misturou o country com o hardcore originando o “countrycore”, que segundo Donida é: “teoricamente a mistura de Country velho com hardcore estilo exploited”. Johnny Cash faleceu em 2003, mas deixou um legado, ele foi para o quarteto o pai da banda, que fez uma homenagem a Cash dando seu nome á capa de um dos seus álbuns.Coincidentemente quatro discos: “Santa Madre Cassino”, “Música para Beber e Brigar”, “To Hell With Johnny Cash” e “A Arte Do Insulto”, eles definitivamente fazem música para machos, sem frescuras, sem “boiolagem”.O Matanza estará em Maringá no dia 15 de setembro para fazer uma única apresentação no Tribo’s, mas antes confira a entrevista bem-humorada de Donida ao Maringá.Com. MC- Como é o dia-a-dia da banda?M- É o dia-a-dia normal de uma pessoa comum. Acordamos, bebemos um litro de whisky, praticamos nossos rituais de adoração a Satan e depois saímos para espancar velhinhas. MC- Vocês são casados? Têm filhos? Como é a relação com a família?M- Sim, todos temos mulher e filhos, mas os mantemos acorrentados no porão. MC- O que Johnny Crash representa para a banda?M- Johnny Crash é o pai do Matanza. Foi quem nos deu a solução para o que queríamos fazer com a nossa música. É, sem dúvida, a nossa maior inspiração. MC- O que é Countrycore?M- Teoricamente é a mistura de Country velho com Hardcore estilo Exploited. O Matanza não se detém a nenhum formato de música, mas o que quer que façamos, chamamos de Countrycore. MC- Como decidiram montar a banda? Já se conheciam?M- Nos conhecemos no bar e formamos a banda a partir dessa proposta, de fazer Country velho e tosco, com arranjo porrada. MC- Como lidam com a fama?M- Não existe fama. Existe trabalho reconhecido e isso se mostra na hora em que conseguimos fechar tantos shows como temos feito. Existem os fãs do Matanza e recebemos todos eles, onde quer que façamos show. Apenas isso. MC- Vocês são maus?M- Somos péssimos. MC- Quem são os alvos mais freqüentes de vocês?M- As pessoas burras que nos obrigam a lidar com sua burrice. MC- Como é apresentar um programa na televisão? Como e quando surgiu a idéia?M- O Jimmy é um cara muito comunicativo e de grande presença, literalmente. Apresentar um programa deve ser uma coisa muito espontânea pra ele. Veio esse convite da MTV e eu achei muito legal ele ter aceitado.
MC- Acha que esse fato de apresentar um programa na televisão pode tornar a banda mais conhecida?M- Esperamos que sim. Toca bastante Matanza na trilha sonora. MC- Como surgiu a idéia da revista?M- A idéia existe desde o começo da banda. Sou desenhista, faço as capas dos discos da banda e confesso que demorei muito pra pôr essa revista na rua. MC- Qual o objetivo da revista?M- A revista é uma extensão do trabalho da banda; Mais uma forma de desdobrar o universo temático que o Matanza aborda, ou seja, Diabo, bebida e mulheres. MC- Como vai ser o show de vocês aqui em Maringá?M- Maringá tem muito camisa-preta, então o show vai ser sinistro. MC- O que espera do público maringaense?M- Espero tudo de pior. MC- Próximos shows.M- SETEMBRO:- 06.09 - Campinas / SP- 07.09 - Araraquara / SP- 08.09 - Araçatuba / SP- 14.09 - Curitiba / PR-15.09 - Maringá / PR- 16.09 - Balneário Camboriú / SC- 21.09 - Uberlândia / MG- 22.09 - Ribeirão Preto / SP- 23.09 - São José dos Campos / SP- 28.09 - Foz do Iguaçu / PR- 29.09 – Cascavel / PR OUTUBRO- 05.10 - Brasília / DF- 06.10 - Goiânia / GO- 12.10 - Cabo Frio / RJ- 21.10 - Belo Horizonte / MG- 28.10 - São Paulo / SP