TRÂNSITO

Pai nega fiança para filho sem habilitação

Um pai tomou uma atitude pouco comum na última segunda-feira ao negar-se a pagar fiança de R$ 500,00 para que o filho de 21 anos fosse liberado da prisão em flagrante por estar dirigindo alcoolizado e sem habilitação. Rodolfo Martins pegou a camionete Silverado da família sem autorização na tarde de domingo (08), foi perseguido pela Polícia Militar, se envolveu em um acidente na região central de Londrina e acabou preso.

A mãe contou que o filho estaria sob efeito de medicação contra ansiedade mas acabou tomando cerveja. Descontrolado, ele pegou a camionete, deixou o apartamento da família (Zona Sul) e o pai deu queixa de furto à Polícia Militar.

Uma viatura que passava pela avenida 10 de Dezembro avistou o veículo e iniciou uma perseguição. À certa altura, o rapaz perdeu o controle da direção, bateu em um outro carro, derrubou o portão de uma casa e só parou quando a camionete tombou de lado. Detido, ele foi levado para a Delegacia central onde foi autuado pelo delegado Joaquim Melo por embriaguez ao volante. O teste com um bafômetro teria acusado um teor alcoólico muito acima do permitido pela legislação.

O delegado estipulou uma fiança de R$ 500,00 para liberar o rapaz mas o pai não aceitou pagar a quantia e preferiu usar o episódio para tentar fazer com que o filho refletisse sobre a atitude que tomou. ''Meu marido gosta das coisas certas e o Rodolfo, embora seja um menino muito bom, passa fora dos limites às vezes. Sabemos que cadeia não recupera ninguém mas o pai quis passar para ele que existem limites e ele não pode fazer o que quiser'', citou a mãe.

A preocupação da família só não foi maior porque o rapaz não se feriu nem provocou ferimentos em outras pessoas. ''Na realidade, a gente gostaria que essa experiência servisse como um choque para ele, que ele acordasse'', continuou a mãe, ressaltando que o filho teve a carteira de habilitação cassada há alguns meses mas, mesmo assim, insistia em dirigir o carro do pai. A mãe adiantou que pretende deixar que o filho ''reflita'' por alguns dias antes de liberá-lo da prisão. ''Ele é meu caçula e acho que às vezes, os pais deixam muitas coisas passarem por causa disso. Depois, a gente tenta conversar e o filho não aceita'', lamentou.