SAÚDE

Secretário da Saúde fala a vereadores sobre dengue

O secretário da Saúde, Antonio Carlos Nardi, esteve na noite de terça-feira (3) na Câmara Municipal prestando esclarecimentos sobre a atenção que o município tem dado à dengue.

Na ocasião o secretário foi acompanhado pelo coordenador do Programa Nacional de Controle da Dengue – PNCD, Giovanini Coelho, o consultor do programa no Paraná, Glauco Oliveira, o diretor do Centro de Saúde Ambiental do Estado do Paraná, Natal Jataí Camargo, e a diretora de vigilância e pesquisa da Secretaria Estadual da Saúde, Vera Drehmer.

Nardi fez apresentação aos vereadores mostrando o panorama da doença no país e no estado.

A doença não é uma exclusividade de Maringá e, segundo o próprio coordenador do PNCD, o Paraná não passa por epidemia de dengue.

O secretário demonstrou os picos de dengue ao longo dos anos e apontou que desde 1991 até hoje o número de municípios do Paraná com problemas de dengue foi aumentando.

Hoje o estado tem 36 municípios prioritários para dengue.

Nardi destacou que 80% dos casos de dengue em Maringá estão concentrados nos bairros Aeroporto, Vila Operária, Borba Gato, Mandacaru, Requião/Guaiapó e Vila Esperança.

Ressaltou também a importância da revisão da lei municipal que diz respeito à punição de proprietários de terrenos: “queremos uma lei específica para a dengue, para que os agentes da Fundação Nacional de Saúde – Funasa possam aplicar a penalidade”.

Durante a apresentação o secretário demonstrou as ações que vêm sendo realizadas, continuamente, pela Secretaria.

Desde o ano passado o trabalho vem sendo realizado em alerta, uma vez que já havia indícios que o país passaria por um aumento dos casos de dengue neste ano, pelos próprios fatores climáticos, que anunciavam muito calor e chuvas. Garantiu que o trabalho será contínuo e destacou a importância da participação da sociedade civil organizada no combate à dengue.

O secretário afirmou que o combate à dengue é uma responsabilidade conjunta da comunidade e dos poderes públicos federal, estadual e municipal.

Reforçou o slogan do Ministério da Saúde, que defende que “a dengue se combate todo dia”.

Depois da apresentação, o secretário respondeu a questionamentos dos vereadores sobre a incidência do Aedes aegypti, atendimento de saúde às pessoas contaminadas pela doença e atuação da Secretaria no combate à dengue.

Vereadores avaliaram positivamente a exposição do secretário.

Mário Hossokawa destacou que a participação do secretário foi muito importante: “Sabemos do índice elevado mas vimos a preocupação dele para combater esse mal.

O próprio coordenador do Ministério da Saúde, doutor Giovanini, aprovou o trabalho que vem sendo desenvolvido”.

Destacou também que há necessidade da população cuidar de seus próprios quintais e dos seus vizinhos.

Avaliou que a Secretaria da Saúde tem tido muito esforço: “A secretaria tem feito sua parte, fazendo mutirões, fazendo visitas.

Cabe agora a cada pessoa colaborar, porque a nossa saúde e dos nossos filhos está também nas nossas mãos”.

Ressaltou que “o secretário respondeu de forma satisfatória, não deixou nada a desejar”.

Para o vereador Valter Viana a exposição do secretário foi clara: “Diante da realidade que a população não faz o que tem que fazer, o secretário tem que dar explicações.

Ele deixou claro que existem programas, trabalhos e equipes que estão agindo para fazer com que essa questão da dengue seja passageira em Maringá.

O problema da dengue não pode ser exclusivamente do secretário, que apresentou dados concretos do que está sendo feito.

Fiquei satisfeito”.

A vereadora Márcia Socreppa afirmou que a ida do secretário à Câmara foi muito importante para que os vereadores saibam como está a situação em Maringá: “Conhecemos as providências que o município está tomando com relação a esse problema.

Todos os vereadores tiveram oportunidade de questioná-lo e todas as perguntas feitas foram respondidas prontamente, para que possamos orientar a população.

O vereador está sempre em contato com sua base e pode auxiliar na divulgação de informações”.

Para a vereadora Marly Martin as explicações de Nardi foram importantes: “Sabemos que essas epidemias são conseqüências, inclusive, das ações humanas e não dependem, exclusivamente do administrador para solução”.

Destacou a importância da prevenção com participação da população.

Hoje Maringá registra 688 casos positivos e 2783 notificações de suspeita de dengue.

Para buscar o combate à doença, as ações da Vigilância Ambiental são ininterruptas.

Os 130 agentes ambientais da Secretaria da Saúde e 12 agentes da Fundação Nacional de Saúde - Funasa visitam, diariamente, residências e pontos estratégicos, como borracharias, fundos de vale e estabelecimentos de ferro-velho.

O município também tem disponíveis, neste momento, seis veículos "fumacê".

Os carros fumacês são organizados para trabalharem por regiões, completando um ciclo de oito etapas por localidade onde foram registrados casos positivos.

O inseticida lançado pelos carros não é perigoso para as pessoas e a Secretaria pede à população que deixe portas e janelas abertas durante a passagem do veículo.

É importante ressaltar, porém, que o produto lançado pelo fumacê só mata os mosquitos que já voam, e não as larvas.

A cada caso confirmado, os agentes fazem um bloqueio num raio de 300 metros em torno da casa onde é confirmada a doença.

O bloqueio visa a busca dos focos e sua eliminação para evitar que novos casos apareçam.

A coordenadora da Vigilância Ambiental, Mariângela Felix Vecchi, nomeada oficial de justiça "ad hoc", tem garantido que residências fechadas possam ser vistoriadas pelos agentes ambientais e que os focos de dengue desses locais sejam eliminados.