Julho Amarelo acende alerta para cuidados contra hepatites virais
Campanha mundial é celebrada no dia 28 de julho. Conheça os tipos da doença.

Julho Amarelo é o mês de conscientização sobre hepatites virais, doença que acomete mais de 700 mil pacientes no Brasil, segundo dados do Ministério da Saúde. A doença, que tem cinco tipos predominantes no mundo (A, B, C, D e E), tem a prevalência do tipo A no país, seguido dos tipos B e C.
A campanha coincide com o Dia Mundial de Luta contra as Hepatites Virais, celebrado em 28 de julho, e foi instituída pela Lei nº 13.802/2019.
Leia também:
- Uso de IA afeta níveis neurais, linguísticos e comportamentais dos jovens, aponta pesquisa
- Boletim semanal da dengue registra mais 13 mortes no Paraná
- Contorno Sul de Maringá será duplicado em concreto; veja o vídeo do projeto
- Nando Reis se apresenta em Maringá com turnê ‘Nando Hits’
Segundo o coordenador do Ambulatório de Hepatologia do Hospital Universitário de Maringá, o médico hepatologista Écio Alves do Nascimento, o ambulatório atende de 15 a 20 pacientes com hepatite por semana, parte deles desenvolveram cirrose por hepatite B ou C (o tipo A é autolimitado e geralmente benigno).
Ambos, B e C, são crônicos e transmitidos principalmente por via sanguínea, mas também por via sexual e perinatal, como no caso do tipo B.
O hepatologista do HUM ressalta que, no Brasil, o tratamento de hepatite viral é 100% realizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS). No HUM, os exames também são gratuitos, feitos pelo Laboratório de Ensino e Pesquisa em Análises Clínicas (LEPAC).
Assim como o tratamento, a vacinação também deve ser levada a sério pela população, pois é a melhor forma de prevenção à hepatite B, que é, também, o tipo mais prevalente no mundo, além de ser altamente contagiosa. Para o tipo C não há imunizante disponível ainda. O tratamento da hepatite B, que não tem cura, consiste na administração de antivirais, além de acompanhamento médico contínuo.
Esses pacientes devem evitar o consumo de álcool, não compartilhar objetos de uso pessoal e de higiene e investir em uma dieta saudável, com alimentos nutritivos e com baixos índices de gordura. É importante, também, apostar na hidratação constante.
O tratamento da hepatite B, se feito corretamente, pode controlar infecções e retardar o avanço da doença, assim como a letalidade. Segundo o Ministério da Saúde, entre 2000 e 2022, foram registrados quase 20 mil óbitos pela doença, mais de 2 mil deles só no ano de 2022.