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A história da região maringaense que passou por uma série de exorcismos
Casos foram registrados em 1955, na estrada Guaiapó.
O ano era 1955 e, após um cruel assassinato premeditado, a região onde hoje está localizada a estrada Guaiapó passou a ser atormentada por manifestações malignas: barulhos estrondosos e tremores dignos de um terremoto de grande magnitude.
O caso ganhou a atenção de Benno Wagner, um dos primeiros padres da cidade, e acabou resultando em uma série de exorcismos na região amaldiçoada. E todas as cenas desse filme de terror da vida real foram relatadas pelo pároco em seu livro “Maringá, Cidade Canção - Volta às raízes VI”.
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A paz na região foi cessada após um caso cruel envolvendo cinco irmãos italianos. Conforme fontes da época, rapazes de uma mesma família teriam arquitetado e assassinado brutalmente o seu cunhado dentro de uma residência localizada na região leste da cidade. O resultado? Noites de perturbação do sono e da alma daqueles que ali moravam.
O incômodo era tamanho que moradores da estrada Guaiapó foram atrás do padre Benno, atuante na Igreja São José Operário, na Vila Operária, em busca de uma solução para o assombramento que pairava pela residência. Todos clamavam por uma expurgação do mal.
De acordo com os relatos do Pe. Wagner, tudo parecia normal na residência, até começarem as orações.
“Era semelhante a um terremoto. A casa tremia. Objetos caíam no chão. Parecia um violento abalo sísmico. Todos os presentes, com os olhos esbugalhados, olhavam para mim, que estava no centro macabro. [...] Acredito que nunca rezei com tanta fé no coração. Sentia-me muito perto desse estranho fenômeno. Sei que o esconjurei em nome de Deus. Pedi paz para aquele povo e sossego para aquele lugar. Com a cruz na mão, aspergia a água benta, pedia a Deus a benção para o meu povo. E tudo aquietou”, disse em seu livro.
Após a sessão de exorcismo, os barulhos e tremores que antes incomodavam os moradores da casa foram completamente resolvidos — mas se espalharam por outras residências do local.
Em sua saga contra as assombrações, Pe. Benno Wagner quase perdeu a vida na segunda casa conjurada, uma estrutura totalmente de madeira.
“Quando ia dar o primeiro passo na sala da casa, escutei um barulho no sótão. Bem na minha frente, caiu de cima uma velha lima de afiar ferramentas. Com a parte apontada, ficou espetada no assoalho de peroba, mal um palmo diante dos meus pés. Por um nada atingiria minha cabeça”, relata Benno Wagner.
Depois de mais uma sessão de exorcismos, os espíritos foram expulsos do local. Mas, dias depois, a perturbação dos tremores e barulho chegou em mais casas ao redor da primeira residência.
Foram necessários vários dias de rodas de oração para que todos os espíritos malignos deixassem de vez a região e, de acordo com o historiador João Laércio, pelo menos 20 exorcismos já foram registrados em Maringá.
“Maringá é uma cidade muito rica nesse aspecto. Temos registros de mais ou menos umas 150 histórias de aparições, milagres, assombrações, espíritos, objetos se movendo, alienígenas, dentre outros”, diz.
