CULTURA

Governo do Paraná assina acordo para construção de unidade do museu Pompidou em Foz do Iguaçu

‘Filial’ do museu francês, um dos principais do mundo, será inaugurada até 2027. Saiba mais sobre projeto.

Governo do Paraná assina acordo para construção de unidade do museu Pompidou em Foz do Iguaçu
O Centro Pompidou Paraná será a primeira unidade satélite do museu nas Américas. - Foto: Divulgação

Foz do Iguaçu ganhará uma ‘filial’ de um dos museus de arte contemporânea mais prestigiados do mundo até o fim de 2027. A parceria entre o governo estadual e o Centre Pompidou foi oficializada na última quarta-feira (28), em Paris, com a presença do governador Ratinho Junior (PSD) e do presidente da instituição, Laurent Le Bon.

O Centro Pompidou Paraná será a primeira unidade satélite do museu nas Américas. Foz do Iguaçu se juntará ao projeto, que já está nas cidades de Málaga, na Espanha; Bruxelas, na Bélgica; Xangai, na China; Alula, na Arábia Saudita; e, em breve, em Seul, na Coreia do Sul.

“Hoje é um dia histórico, com o anúncio oficial da vinda do Centro Pompidou à cidade de Foz do Iguaçu. Será uma grande oportunidade de trazer grandes exposições ao Paraná, colocando o estado no circuito internacional de museus”, afirmou Ratinho Junior.

Créditos: Jonathan Campos/AEN

O investimento, por parte do governo do estado, está estimado em cerca de R$ 200 milhões e a unidade será construída ao lado do Aeroporto Internacional de Foz do Iguaçu.

Arquitetura com baixo impacto ambiental

Créditos: Divulgação

O projeto do Centro Pompidou Paraná está sendo desenvolvido pelo arquiteto paraguaio Solano Benítez, premiado e reconhecido pelo uso criativo de materiais sustentáveis.

Soluções de baixo impacto ambiental serão o ponto principal da construção, que contará com uma praça pública, salas de exposição, áreas para espetáculos, ateliês educativos, biblioteca de pesquisa, laboratórios artísticos, loja e restaurante.

Benítez propõe um projeto com base em materiais simples, como o tijolo, produzido com a terra de Foz do Iguaçu, que pode ser extraído da própria área onde será construído, capaz de dialogar com a paisagem local e com a experiência cotidiana da população.

“Se você consegue fazer uma obra extraordinária com aquilo que uma pessoa comum tem à disposição, você está mostrando a ela novas possibilidades de vida”, explicou.

O museu será construído com um sistema que une tijolos romanos e concreto armado, combinando técnicas ancestrais com soluções industriais modernas. A proposta parte da ideia de que não é preciso negar o passado para inovar, mas utilizar-se do conhecimento anterior para avançar a partir dele. “O tijolo tem três mil anos de história. Se eu consigo fazer uma pequena modificação nele, estou respeitando a tradição e, ao mesmo tempo, propondo algo novo”, explicou.

Destaque para a arte latino-americana

A proposta do centro será destacar a arte da Tríplice Fronteira (Brasil, Argentina e Paraguai), mas o público também poderá ter acesso a uma parte do acervo com mais de 140 mil obras de arte moderna e contemporânea do Centre Pompidou.

Além das exposições, o local terá uma programação multidisciplinar, com apresentações cênicas, festivais, ciclos de cinema, conferências e residências artísticas.

Maringa.Com, com informações da AEN
Por Vanessa Santa Rosa