Médica é presa em Maringá por estelionato e comércio irregular de remédios para emagrecimento
Vítimas relataram que profissional anunciava tratamento com um medicamento, mas aplicava outro fármaco, de valor inferior, sem consentimento das pacientes.

Uma médica que atuava na região Maringá foi presa preventivamente nesta quinta-feira (15), acusada pelos crimes de estelionato, propaganda enganosa e comércio irregular de medicamentos para emagrecimento, praticados em condições sanitárias inadequadas e com risco à saúde das pacientes, de acordo com a Polícia Civil.
A investigação começou em Arapongas, no norte do Paraná após o registro de diversos boletins de ocorrência nos quais as vítimas relataram que a profissional anunciava tratamento com o medicamento Tirzepatida, cuja comercialização é proibida no Brasil, mas aplicava outro fármaco – de valor inferior e composição distinta – sem o consentimento das pacientes.
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Segundo o delegado Bruno Delfino Sentone, também foram registradas denúncias sobre a reutilização de seringas descartáveis e de canetas injetoras.
Conforme apurado, uma investigação similar contra a mesma profissional tramita na Comarca de Colorado, onde foram deferidas medidas cautelares pelo Poder Judiciário, incluindo a suspensão do exercício profissional por 90 dias.
“Apesar disso, a PCPR obteve indícios de que a médica continuava atuando de forma clandestina nas cidades de Arapongas e Sabáudia, utilizando pessoas interpostas e promovendo a entrega de medicamentos acondicionados em seringas e enviados a domicílio”, explica.
Durante a operação, além do cumprimento da prisão preventiva, foi realizada busca e apreensão em um consultório localizado em Sabáudia, no qual a investigada mantinha a atividade irregular.
O delegado ainda ressalta que as investigações continuam para identificar novas vítimas, esclarecer a atuação de eventuais coautores e realizar a perícia nos materiais apreendidos.