Paraná registra aumento de 631% na circulação de vírus respiratórios
Levantamento foi divulgado pelo Laboratório Central do Estado. Confira detalhes.

Os vírus sincicial respiratório (VSR) e Influenza A tiveram aumento na circulação no Paraná nas últimas três semanas. Os dados foram consolidados nesta quarta-feira (23) pelo Laboratório Central do Estado (Lacen).
A positividade nos testes para detectar a presença do vírus subiu 133,55% para o VSR, passando de 6,43% em março para 15,02% em abril (até 22/04). Já o vírus da gripe aumentou 497,78% – no mês de março a positividade estava em 0,90% e nesta semana chegou a 5,38%.
Leia também:
- Daiso Japan vai abrir segunda unidade em Maringá
- Prefeitura de Mandaguari abre inscrições para PSS com salários de até R$ 4,4 mil
- 'Papai morreu duas vezes': Maringá terá exposição de história em quadrinhos
- Três dos sete feriados nacionais que restam em 2025 podem ser emendados; saiba quais
Para chegar a este resultado foram analisadas nesses dois meses 3.013 amostras (em março 1.881 e em abril 1.132), que servem de base de dados para os relatórios epidemiológicos e o sistema nacional GAL - Gerenciador de Ambiente Laboratorial.
Além dos dois vírus mencionados, também foram realizadas a testagem na frequência para os vírus SARS-CoV-2, Influenza B, rinovírus, metapneumovírus e adenovírus, que apresentaram um cenário de pouco aumento ou até queda nos percentuais.
Importância das vacinas
Diante do aumento considerável das amostras positivas para alguns vírus respiratórios, o secretário estadual da Saúde, Beto Preto, destaca a importância da vacinação e alguns cuidados básicos, como higienização das mãos e manutenção de ambientes arejados.
“A vacina é a principal proteção para evitar contrair a gripe e as complicações da doença, principalmente em crianças e idosos. Estamos sentindo a mudança de temperatura, com dias mais frios. A prevenção é essencial para que os serviços de saúde não sobrecarreguem”, explicou o secretário.
O vírus sincicial respiratório (VSR) é uma das maiores causas de infecções respiratórias em recém-nascidos e crianças pequenas, sobretudo bebês. É um dos principais vírus associados à bronquiolite, quadro caracterizado pela inflamação dos bronquíolos — pequenas e finas ramificações dos brônquios, que transportam o oxigênio até o tecido pulmonar.
Já o Influenza A é um tipo do vírus da gripe e pode ser classificado em subtipos principais, como H1N1pdm09 e H3 Sazonal. Costumam circular de maneira sazonal, sendo mais comum nas estações de outono e inverno.
A vacinação contra a Influenza deve ser feita em crianças a partir de seis meses até menores de 6 anos (5 anos, 11 meses e 29 dias), idosos com 60 anos ou mais e gestantes, trabalhadores da saúde, puérperas, professores dos ensinos básico e superior, povos indígenas, pessoas em situação de rua, profissionais das forças de segurança e de salvamento e integrantes das Forças Armadas.
Além desses, também poderão receber a vacina indivíduos com doenças crônicas não transmissíveis ou condições clínicas especiais, pessoas com deficiência permanente, caminhoneiros, trabalhadores do transporte rodoviário coletivo urbano e de longo curso, trabalhadores portuários, funcionários do sistema de privação de liberdade e a população privada de liberdade, incluindo adolescentes e jovens sob medidas socioeducativas entre 12 e 21 anos.