Prefeitura de Maringá gastou R$ 189 milhões com dívidas e juros
Despesa do município é composta principalmente por pessoal e encargos sociais, equivalente a R$ 1,1 bilhão. Confira principais dados da prestação de contas.
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A Secretaria de Fazenda da Prefeitura de Maringá realizou, nesta terça-feira (25), a prestação de contas do município referentes ao terceiro quadrimestre de 2024. Combinados com os outros relatórios do ano, os dados apresentam crescimento nos custos do município e redução na capacidade de investimentos municipais.
A apresentação foi liderada pelo diretor de Contabilidade de Maringá, Adriano Correia da Silva, ao lado do secretário da Fazenda de Maringá, Carlos Augusto Ferreira.
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A receita total do município no período entre setembro e dezembro de 2024 foi de R$ 2,9 bilhões. Com todas as despesas pagas, Maringá registrou um superávit orçamentário de R$ 112,5 milhões.
E por falar em despesas…
O principal gasto da Prefeitura de Maringá é com salários e benefícios dos funcionários e servidores públicos (42,17%) e despesas correntes (41,79%), referentes a materiais de consumo, serviços terceirizados, contas de luz, água, telefone e internet, transportes e outros gastos operacionais.
Em segundo lugar, com 9,48% do total em despesas do município, estão os investimentos com recursos e operações de crédito. Deste total, apenas 1% provém do município.
“Recursos de repasse, que têm fonte vinculada, e recursos de empréstimos não são investimentos próprios, já que o primeiro é um recurso não previsível e o outro é um recurso caro. Dessa forma, tivemos um crescimento do custeio e, conforme o custeio cresceu, o nosso investimento diminuiu”, disse Carlos Augusto Ferreira.
Um dos destaques da prestação de contas foi a dívida municipal. A Prefeitura de Maringá teve um gasto de R$ 189 milhões com amortização, juros e encargos apenas nos quatro últimos meses de 2024.
De acordo com a Secretaria de Fazenda, o valor da dívida consolidada chegou a R$ 601 milhões no último ano.
As dívidas de Maringá
A dívida municipal é uma soma de diferentes origens: crescimento de despesas e necessidades de empréstimos para investimentos na cidade e obras e a ação da trimestralidade, que está em vigor desde 1991.
Desde 1991 cerca de 4 mil servidores públicos e aposentados entraram com uma ação trabalhista contra o município devido a revogação da lei de reajuste trimestral dos salários.
Eles reivindicavam o pagamento retroativo dos reajustes que deixaram de ser pagos e a ação foi totalmente quitada apenas em 2024, após um acordo firmado em 2018 com o Sindicato de Servidores Municipais de Maringá (Sismmar). O valor total da dívida era de R$ 71 milhões.
Clique aqui e confira os dados completos da prestação de contas de Maringá.