ANTIGA RODOVIÁRIA

Síndico do condomínio assina termo de interdição

Na condição de síndico do condomínio e representante dos lojistas que atuam no prédio da antiga rodoviária de Maringá, o empresário Hosine Salem assinou na tarde de quarta-feira (7) o termo de interdição do prédio, que abriga 45 pontos comerciais.

O termo de interdição determina que os comerciantes devem desocupar suas áreas de atividade a partir desta quinta-feira, quando os ônibus de linhas metropolitanas passarão a atender os usuários em pontos próximos ao terminal, na Avenida Tamandaré.

A notificação, elaborada pela Procuradoria Geral do Município (Proge) foi entregue por fiscais da secretaria municipal de Desenvolvimento Urbano, Planejamento e Habitação, acompanhados do coordenador de Políticas Urbanas e Meio Ambiente, Guatassara Boeira.

A definição sobre a escolha de um novo local para atividades dos comerciantes e sobre o futuro do imóvel interditado será debatida nos próximos dias entre representantes da Prefeitura de Maringá e dos condôminos.

Segundo o coordenador Guatassara Boeira, a Secretaria dos Transportes já está providenciando a locação de pirâmides que servirão de abrigo provisório para os usuários dos ônibus metropolitanos.

“Em princípio os ônibus vão parar em pontos localizados na Avenida Tamandaré, mas dentro de alguns dias eles serão remanejados para a Avenida Horácio Raccanello Filho, no Novo Centro, também próximo do terminal”, diz.

A decisão pela interdição imediata da antiga estação rodoviária da cidade foi tomada em uma reunião na manhã de quarta-feira, dia 7, na Prefeitura de Maringá.

O encontro envolveu secretários e técnicos do município, os comandos da Polícia Militar, Polícia Civil, Corpo de Bombeiros, Vigilância Sanitária, Ministério Público, Conselho Comunitário de Segurança (Conseg), Ação Integrada de Fiscalização Urbana (Aifu), Conselho Tutelar, síndico do condomínio, proprietários de lojas e representantes dos comerciantes que atuam na antiga rodoviária.

Durante o encontro foi apresentado o resultado de uma perícia técnica realizada por uma empresa de consultoria em engenharia civil, onde foram expostos os problemas de fundação e sustentação que comprometem a continuidade das operações no terminal.

A ação preventiva pela desocupação do imóvel teve como base o resultado do laudo apresentado pela consultoria.

A conclusão do laudo constatou que o imóvel encontra-se em estado adiantado de deterioração, com poucas áreas aproveitáveis e oferece risco iminente de colapso total, colocando em risco a integridade física das pessoas que circulam pela área.

“A Prefeitura dará todo apoio aos comerciantes e famílias de quem depende das atividades diárias nos estabelecimentos comerciais, procuraremos oferecer conforto aos usuários do transporte coletivo e o local inerditado passará a ser vigiado 24 horas por dia pela Gerência de Defesa Social do Município”, assegura Boeira.

O antigo terminal metropolitano de Maringá foi construído na década de 60 e opera em sistema público-privado, onde a Prefeitura de Maringá detém 55 por cento da área e o condomínio de 45 lojistas, outros 45 por cento.

Na antiga rodoviária de Maringá operam linhas metropolitanas com destino a Paiçandu, Sarandi, Mandaguaçu, Marialva, Mandaguari e Iguaraçu – cidades vizinhas à Maringá.

25 mil – é o número estimado de pessoas que circulam diariamente pelo terminal.

45 – é o número de lojas instaladas no local.

O comércio no terminal é constituído de lojas de artigos populares para presentes, uma sorveteria, bar, lanchonete e duas lotéricas.

A perícia técnica para avaliar as condições do prédio da antiga estação rodoviária foi realizada pelo engenheiro Miguel Fujinami, especializado em consultoria, avaliações e perícias de engenharia civil.

O laudo da vistoria feita no prédio apresenta a seguinte conclusão, “O imóvel objeto deste laudo encontra-se em estado avançado de deterioração por falta de reparos e reformas ao longo de décadas de existência.

Pouca coisa se aproveita das instalações atuais.

Tudo tem de ser refeito, como marquises da plataforma de embarque, cobertura, instalações elétricas, pisos, banheiros, esquadrias de ferro, sistema de prevenção de incêndio, entre outras partes.

Há risco iminente aos usuários deste terminal rodoviário, podendo ter acidentes como queda de placas de reboco, incêndio devido às precárias condições das instalações elétricas ou pelo uso inadequado de cilindros de gás de cozinha (GLP), desabamento da laje de cobertura das plataformas de embarque e até por colapso total da estrutura de concreto armado, devido a recalques das fundações, corrosões das armaduras e rompimento do concreto”.

Informações: 3221-1290 (Coordenação de Políticas Urbanas e Meio Ambiente)