UEM terá primeiro programa de dupla diplomação com universidade portuguesa
Parceria inédita permite que estudantes recebam diplomas de duas instituições de ensino superior. Entenda.
Nas próximas semanas, a Universidade Estadual de Maringá (UEM) deve assinar um acordo de cooperação internacional com o Instituto Politécnico de Bragança (IPB), de Portugal, que prevê o intercâmbio de estudantes para estudo e recebimento de diplomas das duas instituições de ensino. Este será o primeiro acordo na modalidade de dupla diplomação a ser assinado pela UEM com uma instituição de ensino superior internacional.
Na tarde de terça-feira (30), a vice-reitora da UEM, Gisele Mendes, recebeu, no Gabinete da Reitoria (GRE), os professores do IPB, Pedro Bastos, diretor da Escola Superior Agrária do IPB, e Lilian Barros, vice-coordenadora do Centro de Investigação de Montanha do IPB, para discutir sobre a parceria entre as universidades. Os docentes portugueses também vieram à UEM para participar da XVIII Semana Acadêmica de Engenharia de Alimentos (Semanea) e do II Simpósio de Ciência e Engenharia de Alimentos (Simcea), eventos comemorativos aos 25 anos da Engenharia de Alimentos da UEM, abertos na última segunda (29) e que prosseguem até sexta-feira (2).
Segundo o professor do Departamento de Engenharia de Alimentos (DAL) e coordenador do curso, Antonio Roberto Giriboni Monteiro, o acordo prevê que estudantes da instituição façam três anos e seis meses de graduação na UEM, depois um ano em Bragança e finalizem os últimos seis meses de estudo na UEM. Ao concluírem os cinco anos, os universitários receberão um diploma de graduação da UEM e um diploma de Mestrado do IPB, válido para todos os países da União Europeia (UE). Monteiro salienta ainda que também está sendo viabilizada a implantação de outra modalidade em que estudantes de Mestrado da UEM também possam obter diplomas das duas instituições, desde que cursem um ano e seis meses no país de origem e seis meses em Portugal.
“Sem dúvida, esta é uma aliança frutífera, que traz um benefício importante para a carreira acadêmica de nossos estudantes, pois já sairão da UEM com um adicional significativo, que é um diploma de mestrado internacional, aceito por 27 países europeus”, comemora a vice-reitora.
De acordo com o diretor do Escritório de Cooperação Internacional (ECI) da UEM, Marcio Pascoal Cassandre, este acordo vem coroar os esforços contínuos para a internacionalização da universidade. “Hoje temos cerca de 90 acordos, com instituições de ensino superior estrangeiras em todos os continentes do mundo. E este será o primeiro com a possibilidade de dupla diplomação. Nossos alunos terão a chance de se envolver em estudos lá fora, agregando o componente internacional às suas carreiras. Também, a UEM poderá receber estudantes portugueses, ampliando a troca de conhecimentos e cultura.”
A professora Lilian Barros acrescentou que atualmente cerca de 40% dos alunos do IPB são estrangeiros e que os estudantes brasileiros se destacam pelo alto nível de notas. Além disso, alguns estudantes seguem para o doutorado, podendo se candidatar a bolsas de estudo de valor atrativo, no valor de 1.200 euros por mês. Segundo levantamento feito pela professora, o IPB e a UEM já possuem 37 publicações científicas produzidas em conjunto, demonstrando que a parceria com o IPB é de longa data.
Leia também:
- Olimpíadas 2024: Caio Bonfim consegue prata inédita para o Brasil na marcha atlética
- Confira o cardápio da Cerveja Week de Maringá
- O que é rescisão indireta? Entenda o processo jurídico em alta no Paraná
- Festival Nipo Brasileiro 2024 tem início neste sábado (3) em Maringá
Inicialmente, o acordo será válido para o curso de Engenharia de Alimentos, mas na sequência deve ser viabilizado para outros centros de ensino, como é o caso do Centro de Ciências Agrárias, com os cursos de Agronomia, Medicina Veterinária e Zootecnia. Ambas as universidades avaliam áreas de interesse comum e planejam a oferta de disciplinas de pós-graduação em conjunto.
Também participaram da reunião no GRE, a diretora do Centro de Ciências Agrárias (CCA), Adriana Aparecida Pinto, o diretor adjunto do CCA, Carlos Alberto de Bastos Andrade, o professor do Departamento de Química (DQI) e coordenador do Programa de Pós-Graduação de Ciências de Alimentos (PPC), Oscar Santos Júnior, e a professora do Departamento de Bioquímica (DBQ), Rosane Peralta.
O Instituto Politécnico de Bragança foi criado há 41 anos, na cidade de Bragança, no norte de Portugal. A instituição de ensino superior é constituída por cinco escolas, quatro em Bragança nas áreas de ciências agrárias, educação, saúde e tecnologia e gestão e uma em Mirandela na área de comunicação, administração e turismo.