Confira algumas das multas de trânsito mais inusitadas do Paraná
Coxinha ao volante, motociclista sem cinto e motorista de caminhonete sem capacete são alguns exemplos emitidos no estado. Saiba como recorrer em casos falhos.
Quase um milhão de multas foram aplicadas entre janeiro de 2022 e junho de 2024, conforme dados do Departamento de Trânsito do Paraná (Detran). Deste total, existem alguns casos inusitados, e outros falhos, como fuscas a mais de 100km/h e motorista de caminhonete sem capacete e coxinha ao volante.
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A seguir, confira algumas das multas mais inusitadas emitidas no Paraná:
Coxinha ao volante
O ano era 2019 e, em Ponta Grossa, uma motorista foi multada por segurar uma coxinha em uma das mãos e, na outra, um sachê de maionese enquanto dirigia. A multa foi registrada em um cruzamento no centro da cidade por direção sem atenção ou cuidados indispensáveis à segurança, conforme Artigo 169 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB).
Motorista sem capacete
Em Curitiba, uma moradora se assustou ao receber uma multa por dirigir sem capacete em uma cidade de Minas Gerais. Ela destaca que no dia e horário, porém, ela estava em Santa Catarina e dirigia uma caminhonete.
"Tive que recorrer. Como trabalhava, juntei o comprovante do ponto indicando que no momento estava em Santa Catarina, no trabalho… Enfim, um transtorno. Na hora que recebi a multa comecei a rir, mas dá uma dorzinha de cabeça até você provar que focinho de porco não é tomada", afirma a condutora, Sintia Bogo Perotto.
Motociclista sem cinto
Em junho de 2024, o dono de uma moto com placa de Toledo recebeu uma multa por não usar o cinto de segurança enquanto dirigia o veículo em uma cidade de Minas Gerais, onde nunca esteve.
Além da multa de R$ 195,23, foram aplicados 5 pontos na CNH do proprietário da motoneta. Os donos do veículo afirmaram que pretendem recorrer da multa.
Fuscas a 122 e 143 km/h
As multas por velocidade são as autuações mais aplicadas no Brasil, segundo dados da Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran). Porém, fuscas trafegando a mais de 120 km/h são casos que chamam a atenção entre todos.
Dois casos foram registrados na PR-445, em Londrina, entre janeiro e março de 2024. No início do ano, um radar portátil da Polícia Rodoviária Estadual (PRE) identificou um fusca trafegando a 122 km/h. Cerca de dois meses depois, outro fusca foi flagrado trafegando em alta velocidade, este a mais de 143 km/h.
Segundo a polícia, nos trechos onde foram flagrados, a velocidade máxima permitida é de 70 km/h para veículos leves. Os motoristas foram multados por excesso de velocidade, infração considerada gravíssima, que acarreta 7 pontos na carteira, suspensão da habilitação e multa de R$ 880,41.
Como recorrer a multa com falhas
Motoristas e proprietários de veículos que identificarem algum erro na multa ou não concordarem com ela, podem recorrer, como prevê o Código de Trânsito Brasileiro (CTB). Existem três possibilidades para se defender, segundo o Detran-PR:
- Defesa da Autuação: É a primeira possibilidade para que o cidadão apresente sua contestação;
- Recurso na Jari: Não havendo apresentação de Defesa da Autuação ou caso a defesa seja rejeitada, a Autoridade de Trânsito expedirá a notificação da penalidade de multa indicando o prazo para o cidadão interpor Recurso na Junta Administrativa de Recursos e Infrações (Jari);
- Recurso Cetran: Caso o Recurso na Jari seja negado, o cidadão será notificado da decisão, podendo recorrer ao Conselho Estadual de Trânsito (Cetran). Este recurso deve ser apresentado até a data estabelecida na notificação do resultado de Recurso na Jari.
Em 2022, o Detran aplicou 333.020 multas no Paraná e 2,9% motoristas recorreram. No ano seguinte, foram 380.283 multas e 3,1% recorreram. Entre janeiro e junho de 2024, foram 216.927 multas. Dessas, 3,3% dos condutores recorreram.